O quê de fato ofenda? Um trocadilho depreciativo, ou uma ofensa moral? Qual é o limite para liberdade de expressão? Para quem existe, ou pode deixar de existir, a tal liberdade de expressão?
Há uma questão de semântica na sociedade que se pretende atual, ainda que esta atualidade da sociedade atual, pela atualidade da primeira metade do séc passado.
Vivemos num cenário de culto ao nazi-fascismo. A extrema direita, como sempre, aliada a setores importantes das religiões, com ênfase naquele tempo em que a capacidade de leitura era um privilégio concedido a pouquíssimas pessoas do clero, porém, havia no seio da igreja, diversas desenhistas, "padres, que mesmo sem saber ler, reproduziram a imagem vista. (Leia o livro "O NOME DA ROSA" Umberto Eco)! Estamos falando de um tempo em que o poder Romano tinha fugido, em consequência da invasão dos bárbaros, ou seja, a igreja juntava sobre o vermelho, que coloria as vestes dos bispos, tanto o poder temporal "político" e o atemporal, "celestial". Vem deste tempo, todos os conceitos que justificam as ideias direitistas.
A excremência dos conceitos, fortemente explorado como natural, tem uma naturalidade vinda de um tempo anterior à invenção da tipografia e, é claro, antes da capacidade de leitura ser de domínio quase geral.
É exatamente aqui que acontece a enorme distância entre saber ler, e a capacidade da incompreensão daquilo que realmente está escrito, ou do surgimento das narrativas.
Vem, não deste tempo, mas, com raiz neste tempo, a narrativa do Cristo loiro, com os olhos azuis, que serviu de base, para tanto preconceito e discriminações.
O fato de apontarmos historicamente o surgimento das explicações para tais posicionamentos, é justamente para mostrar como ele é descabido.
Também, é cabalmente explicável, que boa parte das pessoas, com pouca capacidade de compreensão daquilo que está realmente escrito, caia nas lábias de espertalhões, só é estranho que estes espertalhões existam.
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