Um dos maiores pessimistas de Wall Street, Bill Smead, Diretor de Investimentos da Smead Capital Management, alertou que as ações parecem estar no meio de uma bolha especulativa, o que poderia preparar os investidores para uma era de desempenho de “jogador no banco de reserva”.
O ceticismo surge apesar do S&P 500 ter subido acentuadamente nos últimos meses, tendo mesmo atingido novos máximos históricos em março, após um aumento de 24% em 2023. O índice subiu cerca de 8% até agora este ano.
Smead acredita que o mercado baixista durará uma década e só terminará quando todo o entusiasmo pelas ações mais caras do mercado tiver desaparecido. O processo poderá levar a perdas equivalentes às da bolha pontocom e da Grande Crise Financeira, previu ele.
“Será mais parecido com o mercado de perda de ‘00-’03, ou mais como ‘07-’09”, disse Smead ao Business Insider. “Provavelmente teremos dois mercados em baixa em plena expansão em um período de 10 anos que basicamente negarão qualquer ganho de dinheiro no índice S&P 500. Você não vai querer comprar o índice S&P 500 até que ele se torne uma espécie de palavrão”, alertou o veterano gestor de fundos.
Ele também destacou que as perdas poderiam ser alimentadas pela inflação persistentemente alta nos EUA e pela “perda de mercado e de competitividade para a China ou para os BRICS, em geral”. O último relatório do IPC do Bureau of Labor Statistics mostrou na quarta-feira que o índice de preços ao consumidor ficou mais quente do que o esperado nos últimos três meses, com os preços subindo 3,8% ano a ano em março.
Isto faz com que o cenário económico pareça precariamente semelhante ao da década de 1970, advertiu Smead, pouco antes de a inflação sair de controlo, atingindo o mercado bolsista.
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