sábado, 27 de março de 2021

GIORDANA LUBE ESTREIA NA ESTILO WEBRADIO NO DOMINGO



 O SUPER BATE PAPO COM COM GIORDANA LUBE
MAESTRA OU MAESTRINA 

Maestra ou Maestrina? Não responda antes de ouvir o programa com Giordana Lube, que estreia neste domingo às onze horas da manhã na Estilo Webradio. 
Giordana Lube é, antes de mais nada, magnética. Musicista, formada em regência e amante dos sons que o mundo oferece, a maestra, que é pedagoga, estará ministrando aulas de amor à musica.
O programa abordara desde temas como a historia da musica, passando por explicações referentes a noções básicas,  técnicas e instrumentos musicais, até o entendimento de diversos estilos, canções e composições clássicas e populares. Tudo feito para estimular o gosto pela musica.
Nesse primeiro programa, mais adequadamente intitulado: Primeiro movimento - Eu e a musica, Giordana conta sua historia e explica suas pretensões para os próximos encontros. 
Ela não estará sozinha.
Além da
audiência, Giordana contara com a presença de dois alunos muito curiosos, que desafiam a professora torná-los exímios músicos antes de o mundo acabar. Douglas e Luizão são os parceiros da maestra que querem aprender tudo tirando muitas dúvidas que certamente são também as mesmas de uma parte dos ouvintes.

E assim se desenvolverá o Super Bate Papo com Giordana Lube - Maestra ou Maestrina. Confira a agenda e participe!

Super bate papo com Giordana Lube - Maestra ou Maestrina?

Domingo, 28/03 – 11h (áudio)
Estilo Webradio

Domingo, 28/03 - 15hs (vídeo) 
Pagina do Facebook Estilo 
Youtube da Estilo

Domingo, 28/03 – 19h (versão estendida)
Youtube SBP
Facebook SBP

Relatório da ONU indica a cumplicidade dos EUA em massacres na Colômbia



UN Human Rights report shows rising violence and inequality in Colombia

Assassinatos seletivos e massacres quase diários acontecem na Colômbia perante a atitude passiva de um governo tão responsável por essas mortes como os paramilitares e narcotraficantes executantes.


O fim das hostilidades entre o Estado e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), em 2016, depois da assinatura do Acordo e Paz, terminou com décadas de conflito armado. Contudo, após a desmobilização das FARC-EP, amplas zonas do país ficaram à mercê de grupos paramilitares ligados ao narcotráfico.

Essa é uma das razões por que aumentaram os níveis de violência nessas regiões, em que se sucedem quase todos os dias assassínios de líderes sociais e campesinos, ex-guerrilheiros, defensores de direitos humanos e partidários da paz, ou ecologistas.

Um relatório da ONU assinala a preocupação desse organismo pelo incremento da violência desde 2014, ano em que as FARC-EP declararam o cessar-fogo unilateral. A ONU indica que só em 2020 a Colômbia foi cenário de 76 massacres, em que foram assassinadas 292 pessoas, para além do assassinato de 133 líderes sociais e de 73 desmobilizados. Para esse mesmo ano, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) contabiliza 310 vítimas.

Em 2021 esta inaceitável situação continua, com o assassinato de 31 líderes sociais e de 10 ex-guerrilheiros e 16 massacres com cerca de 60 vítimas, perante a cumplicidade dos EUA e da UE, que tanto e tão hipocritamente clamam pelos direitos humanos.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Havana contra a prepotência, mentiras e manipulação da OEA


Cuban President Rejects OAS Lies and Manipulation

Com novos ataques a Cuba, a Organização dos Estados Americanos, procura instrumento de Washington para a sua política 
neocolonialista no continente, é usada para dificultar e paralisar uma qualquer aproximação no sentido da normalização das relações entre o país caribenho e os EUA.

Miguel Díaz-Cane

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, rejeitou o que denominou ser um deprimente espectáculo de mentiras e manipulação da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o seu país. Na sua conta na rede social Twitter, o chefe do Estado cubano questionou o referido organismo, "
que calou os crimes dos golpistas na Bolívia, em 2019" e se mostra cego e surdo perante a violência da direita na América Latina, que tenta de novo atacar Cuba.

Díaz-Canel partilhou um artigo publicado no jornal Granma, que cataloga como "show anticubano" a recente sessão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, e acrescenta que se trata de uma tentativa de "dificultar e paralisar qualquer aproximação entre Cuba e Estados Unidos".

O texto precisa que notórios contra-revolucionários foram convocados para a audiência com o objetivo de deturpar a realidade e caluniar a nação caribenha, "no meio de um clima que favorece a força e a prepotência como método nas relações internacionais".

A PROVA BOLIVIANA


Cuba também condenou recentemente a intromissão da OEA nos assuntos internos da Bolívia, quando esse país avançou legitimamente com um processo judicial contra os responsáveis golpistas, nomeadamente a denominada ex-presidente Jeanine Áñez e dois dos seus ministros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, qualificou de hipócritas as preocupações com os direitos humanos expressas pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que, recordou, não se pronunciou quando foram reprimidos e fustigados partidários do Movimento ao Socialismo (MAS) na Bolívia.

Na semana passada, o ministro da Justiça da Bolívia, Iván Lima, anunciou que o seu governo decidiu levar a juízo Luis Almagro, pelo seu papel como facilitador do golpe de Estado perpetrado em 2019.

Um relatório emitido pela OEA sobre as eleições desse ano na Bolívia serviu de pretexto e apoio ao desencadear do golpe de Estado que depôs o presidente Evo Morales e o seu governo, que dirigiu o país andino entre 2006 e 2019 e, atualmente, lidera o MAS.

quinta-feira, 11 de março de 2021

NORA MELIN NO SBP - O MITO NEOLIBERAL DE UMA SOCIEDADE DE INDIVIDUOS COLONIZADOS

 

ESCRAVOS MODERNOS VIVEM 
SOB A CHIBATA DO IDEAL DO SELF MADE MAN
Nora Merlín participou do Super Bate Papo. Cientista política (Argentina) analisa e debate o mito neoliberal do decantado sef made man.
Nora desvenda a estrutura midiática que manipula símbolos e significados colonizando a subjetividade da classe trabalhadora e a reduzindo a um número de indivíduos e relações uniformes e homogêneas em favor do capital.
Psicanalista e professora de Ciência Política na Universidade de Buenos enriquece essa discussão trazendo na bagagem seus livros:
Mentir e Colonizar - Obediencia Inconsciente y Subjetividad Neoliberal, Colonización de la Subjetividad - Los Medios Masivos en la Época del Biomercado e Populismo y Psicoanálisis.

"A massa, essa paixão por ser Um, era o modo social paradigmático do nazismo e é do neoliberalismo. Porque leva à uniformidade, sugestionada através da idealização do líder e identificação entre os membros, forma um dispositivo privilegiado por obter uma subjetividade colonizada.
A idealização consiste em um sobreposição libidinal, que amplia o objeto acompanhado por um empobrecimento de si mesmo, que está enfraquecido, fascinado, em uma posição de servidão deslumbrada e sacrificada." Nora Merlin

Nora Merlín (Argentina)

Nora Merlín participa desse Super Bate Papo. Cientista política (Argentina) analisa e debate o mito neoliberal do...

terça-feira, 9 de março de 2021

Negacionismo do Velocista jamaicano Yohan Blake: “Minha mente ainda está forte, não quero nenhuma vacina, prefiro perder as Olimpíadas!"


O velocista jamaicano Yohan Blake prefere perder as Olimpíadas de Tóquio do que tomar a vacina COVID-19

SAN FRANCISCO - O velocista campeão olímpico Yohan Blake, da Jamaica, disse que preferia perder os Jogos de Tóquio do que tomar a vacina COVID-19, embora a vacinação não seja exigida dos atletas que competem no Japão neste verão.

“Minha mente ainda está forte, não quero nenhuma vacina, prefiro perder as Olimpíadas do que tomar a vacina, não vou tomar”, disse ele ao jornal jamaicano The Gleaner.
“Eu realmente não quero entrar nisso agora, mas tenho meus motivos.”
Blake, que já foi rival do grande jamaicano Usain Bolt, provavelmente ainda poderá participar do que se espera que seja o terceiro e último jogo do jogador de 31 anos, mesmo que ele não tome a vacina.


O Comitê Olímpico Internacional disse que tomar a vacina é “encorajado”, mas não obrigatório para os atletas.

“Siga sua mente, não siga a multidão”, disse o duas vezes medalhista de ouro olímpico em um vídeo postado no Twitter no sábado.

“Ao mesmo tempo, seja respeitoso com cada um. Não deixe ninguém tirar sua escolha. ”

O governo jamaicano deve receber sua primeira remessa da vacina na próxima semana, informou o The Gleaner.

Os comentários de Blake foram feitos após uma série de oito encontros realizados em toda a ilha caribenha no sábado, marcando um retorno aos eventos esportivos de grande escala que estavam suspensos devido à pandemia.

As Olimpíadas, que foram adiadas por um ano devido à crise global de saúde, estão programadas para começar em 23 de julho, embora ainda haja especulações de que o evento ainda pode ser cancelado devido à pandemia em curso.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Wikipédia lançou o Desafio das Mulheres

Em comemoração aos 20 anos da Wikipédia em língua portuguesa, a comunidade --  liderada pelo  editor, Luís Almeida (Tuga1143) dWikiprojeto Mulheres Symbol venus.svg  -- lançou o Desafio das Mulheres

Dentre os muitos eventos relacionados ao 20.º aniversário da Wikipédia, o  Desafio das Mulheres é especial pois ele também celebra o Dia Internacional da Mulher, primeiro comemorado desde 8 de março de 1917 (23 de fevereiro, no calendário juliano pelos movimento socialistas, na Rússia Imperial, e mais recentmente,  em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países. 


 Desafio das Mulheres foi proposto para todos os wikipedistas, independentemente do género, orientação sexual, localização geográfica é para juntos melhorar e aumentar o conteúdo relacionado com as Mulheres. Foram 25 participantes que aceitaram o desafio para promover 20 artigos para destacados ou bons e criar 1000 artigos de 1 de fevereiro a 8 de março relacionados com o tema Mulher ( personagens fictícios mulheres, sistema genital feminino, discografias de um girl groupum livro que não foi escrito por uma mulher, mas fala sobre mulheres, etc)

No fim do dia 8 de março, quando o desafio parecia ter morrido na praia, José M. Dias, expressou sua opinião sobre a primeira parte do projeto. "Apesar de não ter tido a ideia de o criar [o desafio das mulheres], fiquei bastante satisfeito, por esta enorme adesão por parte desta grande comunidade. Fico extremamente feliz, que no dia de hoje - Dia Internacional da Mulher. Tenhamos já quase 97,9 % do objetivo feito e faltando apenas 2,1%. Quero desejar um agradecimento a vós pela vossa disponibilidade e dedicação ao longo destes dias por terem criado artigos de grande qualidade e acima de tudo podermos honrar as mulheres criando artigos dedicados a elas com grande notoriedade." Aparentemente, a mensagem de José M. Dias, reanimou os participantes, e as 23:57 horas do 8 de março de 2021, o artigo Antoinette F. Buchholz Konikow foi criado e registrado como o milésimo artigo do desafio. Ainda outros 17 artigos foram criados antes do final da fase parte do desafio.

A segunda fase, que vai de 9 de março a 11 de maio (para promover 20 artigos bons ou destacados relacionados com o tema Mulher) já começou. 

Você pode ajudar a homenagear mulheres e combater o viés de género presente na Wikipédia  editando artigos sobre mulheres.

REDE GLOBO CONVIDA PARA MAIS UM BBB IDENTITÁRIO - MULHERES UNI-VOS!

 

AS COMPANHEIRAS DECIDEM

As mulheres decidirão  se aceitam ou não homenagens da Rede Globo, empresa que sempre objetificou o corpo feminino e retratou as mulheres em suas novelas, ora como vilãs desalmadas, ora como amantes histéricas.


As mulheres decidirão também se vale a pena aceitar homenagem de empresas que exploram e precarizam o trabalho e às vezes contratam executivas para auxiliar na exploração de mulheres e homens. Empresas nas quais os altos executivos  machos alfas, heteros e brancos passam o ano inteiro praticando assédio, contado piadas misóginas, mas nesse dia solene, mandarão flores...

Cabe às mulheres decidir.

SÓ NÃO ESQUEÇAM: O GOLPE QUE TANTOS DIREITOS RETIROU DE MULHERES E HOMENS TRABALHADORES, TAMBÉM E MUITO... FOI MISÓGINO!
A LUTA CONTINUA!

Eduardo Bolsonaro está sendo investigado pelo FBI

What was Eduardo Bolsonaro doing in Washington during the January 6 coup? - por Tomas Castanheira

No sábado (06), o jornalista Sam Pancher foi às redes sociais para apontar um possível envolvimento do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na invasão ao capitólio dos EUA em janeiro.

5 de janeiro de 2021 é o dia anterior à invasão ao capitólio que resultou em mortes e uma tentativa de golpe nos Estados Unidos, houve uma reunião no Trump Hotel que foi apelidada de “conselho de guerra”. Embora neguem que o encontro aconteceu, vários aliados de Trump (incluindo seu filho) foram vistos e fotografados no hotel naquele dia.

Um desses aliados é Michael Lindell, (o homem do travesseiro) um empresário americano conspiracionista. No dia 5/01, um conhecido brasileiro também estava em Washington. Eduardo Bolsonaro postou fotos com Lindell e na Casa Branca com a filha de Trump, Ivanka. A foto com Lindell, no entanto, foi apagada.

Não bastasse a foto, o próprio Lindell, em live na manhã do ataque ao capitólio, confirma que esteve com “o filho do presidente do Brasil” na noite anterior. Ele fez uma live em direção ao evento que terminou com mortes e depredação.

Bananinha e Michael Lindell


O jornalista americano Seth Abramson alega que Eduardo Bolsonaro participou da reunião que conspirou contra a democracia americana no dia anterior à invasão. Diz que o “Zero três” tentava marcar uma reunião para ensinar como usar as milícias para apoiar a tomada do governo. O artigo exclusivo para assinantes elenca 10 conexões entre Eduardo e os eventos.

As perguntas que ficam do contribuinte brasileiro são várias: O que Eduardo Bolsonaro foi fazer em Washington no início do ano? Qual foi o tema do encontro com Michael Lindell? Ele participou de uma reunião no Trump Hotel? Talvez também sejam dúvidas de autoridades americanas.

Bolsonaro, esposa, filha e IvankaTrump na Casa Branca
O FBI também está investigando pelo menos outras duas visitas do filho do presidente brasileiro, Eduardo, ao resort do presidente americano na Flórida, Mar-a-Lago. Lá, o filho de Bolsonaro se encontrou com um dos filhos de Trump; teve acesso ao Secretário de Comércio Wilbur Ross; tirou fotos com artistas famosos e apresentadores da Fox News; e foi entretido pelas Trumpettes, super impulsionadores que chamam Trump de "salvador de nosso país".

Não há nada de incomum em nações que fazem ofertas amigáveis antes de uma visita de estado. Mas do lado dos EUA, essas questões são tradicionalmente tratadas por pessoal diplomático. Nesse caso, sabemos sobre o encontro secreto de Bolsonaro não por meio de leituras do Departamento de Estado, mas por causa de fotos e vídeos do Instagram tirados por membros e participantes da "Casa Branca de inverno" do presidente.

O Bolsonaro mais jovem fez uma segunda viagem a Mar-a-Lago há menos de um mês para um baile de gala.  Bolsonaro postou selfies com Eric Trump, vice-presidente executivo da Trump Organization, o ator Jon Voight, a juíza Jeanine Pirro e Mike Lindell, o onipresente CEO da MyPillow.  Tweeting uma selfie de Washington, D.C., Bolsonaro escreveu que ele e Bannon estavam "unindo forças contra o domínio cultural esquerdista/marxista" e para “Construir aquele muro!” “Nós, brasileiros, estamos apoiando vocês.” disse Bolsonaro.

sábado, 6 de março de 2021

150 anos do nascimento de Rosa Luxemburgo


Hoje, 150 anos atrás, em 5 de março de 1871, Rosa Luxemburgo nasceu na pequena cidade polonesa de Zamość. Apesar de sua morte prematura e violenta aos 47 anos, ela foi, junto com Lênin e Trotsky, uma dos mais importantes líderes marxistas revolucionários do século XX. Em condições de profunda crise capitalista, seu trabalho contém lições vitais para os dias de hoje.

Luxemburgo combinou coragem pessoal, um espírito de luta inquebrantável e princípios inabaláveis com um intelecto notável e extraordinárias habilidades teóricas e retóricas. Ela era altamente educada, falava alemão, polonês, russo e francês fluentemente e entendia outras línguas. Ela era capaz de uma paixão tremenda e possuía uma personalidade fascinante que atraía trabalhadores e intelectuais.

Ela amava e estava familiarizada com a literatura. Aos seis anos, ela começou a escrever para um jornal infantil, logo começou a traduzir poesia russa para o polonês e escreveu seus próprios poemas. Ela poderia recitar páginas do poeta nacional polonês, Adam Mickiewicz, de cor, bem como poetas alemães como Goethe e Mörike. Seu amor pela natureza é claramente demonstrado nas páginas de suas cartas. Ela inicialmente estudou biologia antes de mudar para direito e economia. Ela obteve o doutorado aos 26 anos com summa cum laude.

Como todas as grandes figuras progressistas da história mundial, Luxemburgo foi perseguida e caluniada por seus oponentes  e enganada e vilipendiada por falsos amigos. Foram feitas tentativas de cooptá-la como feminista, retratá-la como uma defensora de um caminho não revolucionário para o socialismo e usá-la indevidamente como uma testemunha-chave contra o bolchevismo. O Partido de Esquerda da Alemanha, que incorpora exatamente o oposto de Luxemburgo em todos os aspectos de sua atividade prática e em todas as linhas de seu programa, até mesmo nomeou sua fundação partidária em homenagem ao grande revolucionário.

Todas essas tentativas são expostas como fraudes no momento em que a pessoa estuda a biografia de Luxemburgo e lê seus escritos. Ela se comprometeu incondicionalmente com a revolução socialista e defendeu intransigentemente o internacionalismo. Sua luta contra o revisionismo de Bernstein e o conservadorismo dos sindicatos, sua oposição implacável à Primeira Guerra Mundial e seu papel de liderança na fundação do Partido Comunista Alemão garantem seu lugar na primeira fila do marxismo revolucionário.


Luxemburgo estava firmemente convencida de que apenas a derrubada do capitalismo pela classe trabalhadora poderia resolver os grandes problemas da humanidade - exploração, opressão e guerra - e que isso exigia uma luta pela consciência socialista da classe trabalhadora. A insinuação condescendente freqüentemente adotada por intelectuais de esquerda para com os trabalhadores era totalmente estranha para ela. Para ela, era sua tarefa elevar a consciência dos trabalhadores, saciar sua sede de conhecimento e compreensão, explicar as dinâmicas sociais e políticas e elaborar as tarefas políticas delas decorrentes. Isso a tornou incrivelmente popular entre os trabalhadores. Quando ela falou em comícios eleitorais dos Social-democratas (SPD), o local estava sempre lotado.

Luxemburgo sempre se opôs ao feminismo burguês. Para ela, a emancipação das mulheres era inseparável da libertação da classe trabalhadora da exploração e opressão capitalista. Ela não lutou, como as feministas de hoje e praticantes da política de identidade, pelo acesso de algumas mulheres aos privilégios burgueses, mas pela abolição de todos os privilégios. Quando ela falou em 1912 no segundo Comício das Mulheres Social-democratas pelo sufrágio universal, igual e direto para as mulheres, ela justificou isso dizendo que isso iria "avançar imensamente e intensificar a luta de classes proletária." Ao "lutar pelo sufrágio feminino", ela continuou, "nós também apressaremos a chegada da hora em que a sociedade atual cairá em ruínas sob as marteladas do proletariado revolucionário."

Luxemburgo teve diferenças de opinião com Lenin. Mas estes se baseavam, independentemente de sua agudeza temporária, no “terreno comum da política proletária revolucionária”, como Trotsky certa vez observou. Lenin e Luxemburgo estavam unidos em sua luta contra os oponentes revisionistas do marxismo.


A obra Reforma ou Revolução de Luxemburgo, que consolidou sua reputação como a voz principal da ala revolucionária da social-democracia quando foi publicada em 1899, é uma das maiores polêmicas da literatura marxista. É uma crítica devastadora do revisionismo de Eduard Bernstein, que rejeitou a base materialista da teoria marxista, separou o socialismo da revolução proletária e o transformou em um liberalismo com motivação ética.

Respondendo à observação infame e idiota de Bernstein de que o objetivo final não importava para ele, mas o movimento era tudo, Luxemburgo declarou que o objetivo final do socialismo é "o fator decisivo" que transformou "todo o movimento operário de um esforço vão para reparara ordem capitalista em uma luta de classes contra esta ordem, para a supressão desta ordem. ” Ela continuou: “Na controvérsia com Bernstein e seus seguidores, todos no Partido deveriam entender claramente que não se trata deste ou daquele método de luta, ou do uso deste ou daquele conjunto de táticas, mas da própria existência do movimento social-democrata.

Bernstein falou por uma camada de funcionários do partido, burocratas sindicais e pequeno-burgueses que vincularam seu destino pessoal ao sucesso do imperialismo alemão. A recuperação econômica da década de 1890, a transformação do SPD em um partido de massa legal e o crescimento dos sindicatos levaram a uma rápida expansão dessa camada.

A Revolução Russa de 1905 agravou os conflitos dentro do SPD. A classe trabalhadora foi a força dirigente da revolução e produziu duas novas conquistas: a greve política de massas e o soviete (conselho dos trabalhadores). Luxemburgo foi para Varsóvia, que estava sob o domínio czarista na época, e participou da revolução. Posteriormente, ela foi presa e apenas evitou uma longa sentença de prisão e possível morte graças à intensa intervenção da liderança do SPD.

Quando ela propagou a greve política em massa na Alemanha após seu retorno, os líderes sindicais reagiram com horror. “A greve geral é uma loucura geral”, foi a resposta deles. O congresso sindical de 1905 em Colônia foi realizado sob o lema: “Os sindicatos exigem paz em primeiro lugar”. Luxemburgo foi proibida de falar em eventos sindicais.


Os líderes sindicais não poderiam ter ilustrado sua hostilidade à revolução socialista de forma mais clara. O debate sobre a greve de massas agora se tornou a área central de conflito entre as alas oportunista e revolucionária do SPD.

Com a aproximação da Primeira Guerra Mundial, a liderança do SPD em torno de August Bebel, que morreu em 1913, e Karl Kautsky mudaram cada vez mais para a direita. Quando a guerra começou, os oportunistas do SPD ganharam a vantagem. Eles permaneceram firmemente ao lado do imperialismo alemão. Em 4 de agosto de 1914, os deputados do SPD no parlamento votaram pelos créditos de guerra. Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht lideraram a minoria que resistiu à onda de chauvinismo.

A luta de Rosa Luxemburgo contra a guerra, que ela conduziu predominantemente atrás das grades, foi um dos períodos mais heróicos de sua vida. Ela denunciou incansavelmente a traição ao SPD, expôs os crimes de guerra imperialistas e procurou despertar as massas. Já na noite de 4 de agosto de 1914, ela formou o Grupo Internacional, que publicou O Internacional e distribuiu ilegalmente as Cartas Spartacus, o que levou o grupo a ser chamado de Liga Spartacus.

O primeiro artigo principal de Luxemburgo em O Internacional começou com as palavras: “Em 4 de agosto de 1914, a social-democracia alemã abdicou politicamente e, ao mesmo tempo, a Internacional Socialista entrou em colapso. Todas as tentativas de negar ou ocultar este fato, independentemente dos motivos em que se baseiam, tendem objetivamente a perpetuar e justificar o autoengano desastroso dos partidos socialistas, a doença interna do movimento que levou ao colapso, e, a longo prazo, fazer da Internacional Socialista uma ficção, uma hipocrisia”. 

Karl Liebknecht

A luta de Rosa Luxemburgo contra a guerra assentou num internacionalismo irreconciliável que permaneceu durante toda a sua vida.

Quando era uma estudante de 22 anos, ela interveio no congresso da Internacional Socialista em Zurique para atacar o patriotismo social do Partido Socialista Polonês (PPS). O PPS defendeu o restabelecimento do Estado nacional polonês, que na época estava dividido entre o domínio russo, alemão e austríaco.

Luxemburgo rejeitou essa exigência e convocou uma luta conjunta da classe trabalhadora russa na Polônia e na Rússia para derrubar o czarismo. Ela advertiu que a defesa da independência polonesa encorajaria tendências nacionalistas na Segunda Internacional, levantaria questões nacionais paralelas em outros países e sancionaria "a dissolução da luta unida de todos os proletários em cada estado em uma série de lutas nacionais infrutíferas."

Sua recusa em aceitar o “direito à autodeterminação das nações” no programa da social-democracia russa colocou Luxemburgo em conflito com Lenin, que defendia esse direito. Mas a diferença aqui era menos acentuada do que mais tarde seria afirmado. Para Lenin, a principal preocupação era a luta contra o chauvinismo da Grande Rússia. Para Luxemburgo, foi a luta contra o nacionalismo polonês. Lenin também subordinou as demandas nacionais à luta de classes. Ele não fez campanha ativamente pelo separatismo nacional, mas se restringiu “à demanda negativa, por assim dizer, do reconhecimento do direito à autodeterminação.

Józef Piłsudski

Independentemente das diferenças com Lenin, a hostilidade de Luxemburgo ao nacionalismo provou ser extremamente previdente. Com relação à Polônia, Józef Piłsudski, o líder do PPS, comandou as tropas da Polônia independente reconstituída no ataque ao Exército Vermelho após a Revolução de Outubro. Entre 1926 e 1935, estabeleceu uma ditadura autoritária. Hoje, a direita nacionalista na Polônia o aclama como seu herói.

A capitulação ao nacionalismo também foi a razão do colapso da Segunda e da Terceira Internacional, que resultou em terríveis derrotas para a classe trabalhadora. A Segunda Internacional apoiou a Primeira Guerra Mundial em nome da “defesa da pátria”, enquanto a Terceira degenerou sob a perspectiva stalinista de “socialismo em um só país”.

Os stalinistas, que pisotearam a política de nacionalidades de Lenin e reverteram às piores práticas do chauvinismo da Grande Rússia, nunca perdoaram Luxemburgo por seu internacionalismo. Sob o governo de Stalin, a acusação de "luxemburguês" teve, por algum tempo, consequências não menos fatais do que a de "trotskismo". Mesmo após a morte de Stalin, Georg Lukács acusou o grande revolucionário de Luxemburgo de ter representado o "niilismo nacional".

No mais tardar na década de 1990, a demanda pelo direito das nações à autodeterminação perdeu todo significado progressista e democrático. A globalização da economia e o surgimento de uma classe trabalhadora nas partes mais remotas do mundo não deixaram espaço nem para Estados-nação semidemocráticos. O imperialismo usou o slogan da autodeterminação para destruir e subordinar os estados existentes. Nestes estados, esta demanda permitiu que cliques burgueses rivais dividissem a classe trabalhadora e servissem ao imperialismo. Isso foi demonstrado pela tragédia da Iugoslávia. Em nome da autodeterminação nacional, o país e suas partes separadas foram forçados a uma guerra fratricida assassina que resultou no estabelecimento de sete estados economicamente inviáveis governados por grupos criminosos.

Luxemburgo e a Liga Spartacus não apenas combateram a liderança de direita do SPD, mas também o “Centro Marxista” e seu líder teórico, Karl Kautsky, a quem Luxemburgo chamou de “o teórico do pântano”. O Centro fez concessões verbais ao humor radical dos trabalhadores, mas se opôs a qualquer ação revolucionária na prática e apoiou o curso pró-guerra dos líderes do SPD. Depois que foi expulso do SPD em 1917 e, quer queira quer não, formou o Socialdemocratas Independentes (USPD), Luxemburgo aguçou suas críticas.

 Liga Spartacus

O USPD “sempre trotou atrás de acontecimentos e desenvolvimentos; nunca assumiu a liderança ”, escreveu ela. “Nunca foi capaz de traçar uma linha fundamental entre ela e os dependentes. Qualquer ambigüidade estonteante que levasse à confusão entre as massas: paz de entendimento, a Liga das Nações, desarmamento, o culto de Wilson, todas as frases de demagogia burguesa que espalharam os véus, que obscureceram os fatos nus e escarpados da alternativa revolucionária durante o guerra, encontraram seu apoio ansioso. Toda a atitude do partido girava desamparadamente em torno da contradição cardeal que, por um lado, tentava continuar a fazer com que os governos burgueses como as potências nomeadas se inclinassem a fazer a paz, enquanto por outro lado falava da ação de massa do proletariado. Um espelho preciso da prática contraditória é a teoria eclética: uma mistura de fórmulas radicais com o abandono desesperado do espírito socialista ”.

Luxemburgo foi muitas vezes condenada por sua "teoria da espontaneidade": por confiar na revolta independente das massas contra os aparelhos ossificados, por criticar o conceito de partido de Lenin e por atrasar seu rompimento organizacional com o SPD. Leon Trotsky, que também travou uma luta contra as tendências centristas que se baseavam falsamente em Luxemburgo antes da formação da Quarta Internacional, apresentou os pontos mais fundamentais sobre essa questão em 1935.

Os “lados fracos e inadequações” foram “de forma alguma decisivos em Rosa”, escreveu ele. A contraposição de Luxemburgo da "espontaneidade das ações de massa" à política conservadora do SPD "tinha um caráter totalmente revolucionário e progressista". Trotsky continuou: “Muito antes de Lenin, Rosa Luxemburgo compreendeu o caráter retardador do partido ossificado e do aparelho sindical e começou uma luta contra ele”.

A própria Rosa nunca se limitou à mera teoria da espontaneidade”, mas “esforçou-se para educar antecipadamente a ala revolucionária do proletariado e para reuni-la organizacionalmente tanto quanto possível. Na Polônia, ela construiu uma organização independente muito rígida. O máximo que se pode dizer é que em sua avaliação histórico-filosófica do movimento operário, a seleção preparatória da vanguarda, em comparação com as ações de massa que se esperavam, ficou aquém de Rosa; enquanto Lenin - sem se consolar com os milagres de ações futuras - pegou os trabalhadores avançados e os uniu constante e incansavelmente em núcleos firmes, ilegal ou legalmente, nas organizações de massa ou clandestinidade, por meio de um programa bem definido ”.

Quando os bolcheviques assumiram o poder na Rússia em outubro de 1917, eles se reuniram com o apoio entusiástico de Luxemburgo. Seu texto “Sobre a Revolução Russa”, que ela escreveu isolada na prisão e que só foi publicado três anos após sua morte, tem sido freqüentemente interpretado como uma crítica profunda ao bolchevismo. Mas isso está incorreto. Luxemburgo defendeu incondicionalmente a Revolução de Outubro e observou que os “erros” que ela criticou surgiram das condições impossíveis que os bolcheviques enfrentaram devido à traição da Segunda Internacional e da Socialdemocracia Alemã.


Os bolcheviques”, escreveu ela, “mostraram que são capazes de tudo que um verdadeiro partido revolucionário pode contribuir dentro dos limites das possibilidades históricas ... O que é necessário é distinguir o essencial do não essencial, o cerne do acidental excrescências na política dos bolcheviques. No período atual, quando enfrentamos lutas finais decisivas em todo o mundo, o problema mais importante do socialismo foi e é a questão candente de nosso tempo. Não se trata desta ou daquela questão secundária de tática, mas da capacidade de ação do proletariado, da força de ação, da vontade de poder do socialismo enquanto tal." Nisso, Lenin e Trotsky e seus amigos foram os primeiros, aqueles que deram o exemplo ao proletariado mundial; eles ainda são os únicos até agora que podem gritar com Hutten: "Eu ousei!"

Isso é essencial e duradouro na política bolchevique. Nesse sentido, cabe a eles o serviço histórico imortal de ter marchado à frente do proletariado internacional com a conquista do poder político e a colocação prática do problema da realização do socialismo, e de ter avançado poderosamente no acerto de contas entre o capital e trabalho em todo o mundo. Na Rússia, o problema só poderia ser colocado. Não poderia ser resolvido na Rússia. E, neste sentido, o futuro em todos os lugares pertence ao ‘Bolchevismo’ ”.

Em novembro de 1918, a revolução também eclodiu na Alemanha. Iniciado por um levante de marinheiros em Kiel, se espalhou como um incêndio em todo o país. O Kaiser abdicou, e as elites governantes entregaram o poder do governo ao líder do SPD Friedrich Ebert, que planejou uma aliança com o alto comando militar para suprimir de forma sangrenta a classe trabalhadora. O USPD também participou do governo Ebert com três ministros.


Em meio às lutas revolucionárias, a Liga Spartacus formou o Partido Comunista da Alemanha (KPD) em Berlim no final de 1918. Rosa Luxemburgo redigiu o programa do partido e o apresentou aos delegados. Ele formulou explicitamente o objetivo de derrubar o domínio da classe burguesa. A alternativa não era reforma ou revolução, enfatizou o programa. Em vez disso, “A Guerra Mundial confronta a sociedade com a escolha: ou continuação do capitalismo, novas guerras e declínio iminente no caos e anarquia, ou abolição da exploração capitalista ... Nesta hora, o socialismo é a única salvação para a humanidade. As palavras do Manifesto Comunista brilham como um menetekel em chamas acima dos bastiões em ruínas da sociedade capitalista: socialismo ou barbárie ”.

O governo Ebert estava determinado a impedir a revolução socialista. Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram, sob as ordens explícitas do Ministro do Reichswehr Gustav Noske (SPD), brutalmente assassinados. O crime foi cometido pela Freikorps “Garde-Kavallerie-Schützendivision”, que foi trazida a Berlim por Noske para suprimir militarmente a revolta. Eles sequestraram os dois e os levaram para sua sede no Hotel Eden, onde foram interrogados e abusados. Luxemburgo foi posteriormente golpeada ao solo com coronhas de rifle na entrada do hotel e enfiada em um carro, onde foi baleada. Seu corpo foi jogado no canal Landwehr, onde foi encontrado apenas algumas semanas depois. Karl Liebknecht foi executado com três tiros disparados à queima-roupa no Tiergarten de Berlim.

Adolf Hitler com Franz von Papen em 1933.

Os assassinatos foram totalmente endossados pelo estado. Os policiais diretamente envolvidos foram absolvidos por um tribunal militar em maio de 1919. Waldemar Pabst, que deu a ordem como chefe da divisão, pôde continuar sua carreira sob os nazistas e na República Federal. Ele morreu em 1970 como um rico comerciante de armas. Já nesse ponto, o curso havia sido traçado para a ascensão subsequente dos nazistas. A SA de Hitler continuaria a recrutar entre os soldados mobilizados por Noske e protegidos pelo judiciário.

O assassinato de Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foi um duro golpe para o movimento internacional dos trabalhadores. Com Luxemburgo liderando o KPD, a história alemã e até mundial provavelmente teria sido diferente. Há muitos indícios de que o KPD teria assumido o poder em outubro de 1923 se possuísse uma liderança experiente. A humanidade pode muito bem ter sido poupada de Adolf Hitler, cuja ascensão ocorreu sobretudo graças à paralisação da classe trabalhadora pela desastrosa política “social fascista” do stalinizado KPD. A ascensão de Stalin teria enfrentado forte oposição de dentro da Internacional Comunista.

A herança de Rosa Luxemburgo - seu internacionalismo, sua orientação para a classe trabalhadora, seu socialismo revolucionário - foi defendida e desenvolvida pelo movimento trotskista mundial, representado hoje pelo Comitê Internacional da Quarta Internacional. É uma arma crucial na luta pela revolução socialista.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Política de Biden: A agressão imperialista dos EUA vai prosseguir

Muitos grupos socialistas condenaram firmemente o bombardeamento de território sírio levado a cabo pelos EUA durante a noite de 25 para 26 de Fevereiro, que constitui um novo ato de agressão contra aquele país e a região do Médio Oriente.

O ataque da passada semana, junto à fronteira com o Iraque, faz parte da política de guerra que os EUA promovem desde há décadas no Médio Oriente. Esta ocupação permanece em claro desrespeito pela vontade expressa pelo legítimo governo sírio, pela soberania, independência e integridade territorial da República Árabe Síria.

Passou apenas um mês da tomada de posse do novo presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, mas é já evidente que a política de agressão imperialista dos EUA vai prosseguir, nomeadamente no flagrante desrespeito da administração dos EUA e seus aliados pela soberania e integridade territorial dos Estados. 

A gradual colocação em causa dos princípios e normas das relações internacionais, que se tornou prática corrente na ação dos EUA, da NATO e das potências da União Europeia, deve de ser urgentemente interrompida, sob pena de conduzir o mundo para uma situação de enorme gravidade, que põe em perigo a paz e a segurança internacional.

Ingerência e agressão


Também o CPPC condenou os bombardeamentos norte-americanos efetuados na Síria, que constituem mais um ato de agressão contra aquele país árabe. Outros grupos reafirmaram a  denúncia e condenação da perpetuação, e mesmo reforço, da presença ilegal de tropas de ocupação norte-americanas no Nordeste e no Sul da Síria, que são  atos de agressão que afrontam a Carta da ONU e o Direito Internacional.

"Esta ação militar decidida pela nova administração norte-americana afronta de forma flagrante a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, demonstrando na prática o que sucessivas declarações já permitiam adivinhar: em política externa, os objetivos da administração Biden não divergem daqueles que nortearam a atuação das suas antecessoras", afirma o CPPC.

O que estes ataques confirmam é "a intenção dos EUA em prosseguir com a ocupação ilegal de territórios do norte e sul da Síria e com a política de ingerência e agressão que marca há décadas a sua presença no Médio Oriente".

A Síria resiste a uma agressão externa encapotada, com os grupos terroristas a assumirem-se como testas de ferro da estratégia de guerra dos EUA e seus aliados, que desde o primeiro momento os treinam, armam e financiam, como amplamente tem sido denunciado.

"Só o fim da agressão à Síria e a retirada das forças militares que ocupam ilegalmente território sírio servem a causa da paz e da segurança internacional e respeitam os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas. A Síria, como qualquer país do mundo, tem direito à paz, à soberania, à independência, à integridade territorial, ao desenvolvimento, ao progresso social", reafirma.

Conselho da Paz dos EUA


O Conselho da Paz dos Estados Unidos da América denunciou que, apenas 36 dias depois de tomar posse, o presidente Biden levou a cabo a sua primeira ação ilegal de política externa ao ordenar um ataque aéreo na Síria, país soberano.

O bombardeio aéreo, uma flagrante violação do Direito Internacional e da Carta da ONU, foi falsamente justificado como uma resposta a um alegado ataque contra tropas norte-americanas por uma denominada "milícia síria apoiada pelo Irã", considera o Conselho da Paz. E diz que os fatos apontam para um outro motivo muito diferente: "A verdadeira razão deste ataque é forçar o Irã, por meios militares, a participar numa nova rodada de negociações sobre o acordo nuclear aceitando as exigências dos EUA".

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