Sempre que levados a imaginar uma pátria chamada Brasil, na fria realidade de seus quinhentos e vinte e quatro anos, desde a invasão lusitana, teríamos por obrigação ética, lembrar que o início da "colonização" se deu por pressão da Inglaterra.
Mesma Inglaterra que, pelo fato da coroa lusitana ser aliada, trezentos anos depois trouxe para cá toda a corte, que criou o Banco do Brasil. Que de fato também, teria começado neste período a construção de uma pátria, isto olhando pela ótica do poder, já que houve diversos movimentos nativistas, nenhum com participação ativa das elites, exceto, e claro, de alguns de seus filhos, que depois de ter estudado em Paris, "justamente o na nação que obrigou a mudança da corte lusitana para cá", apenas alguns de seus filhos, não a elite.
De fato, nem a independência, realizada por um golpe do príncipe herdeiro, nem na independência, houve o planejamento de uma pátria, apenas uma diarréia egoísta.
Ainda que poderíamos chamar o movimento de Vargas, um pensar "fora da caixinha", levando em conta a criação da CLT, não podemos esquecer que, isto estava muito mais na esteira de trazer parte da população rural para o meio urbano, garantido assim, mão de obra para a nascente indústria.
Em termos concretos, a nação brasileira só começou um projeto de nação, depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 2002. Somos igualmente obrigados a relatar muitos dos enfrentamentos deste projeto, estes enfrentamentos estiveram majitoriamente, dentro de setores da mídia corporativa, das elites, quase toda dentro do PSDB, das frações conservadoras do agro, e de lideranças religiosas, igualmente conservadora.
Com os índices de desenvolvimento atingidos, duas vertentes se colocaram, primeiro, a elite, capitaneada pelo PSDB, orquestrou o golpe de 16, e este, fez nascer, na órbita de um extremismo de direita, aliado ao conservadorismo religioso, algo que faz questão de se mostrar como um projeto inacabado de um evangelistão, que abrigue uma economia, e por consequente, uma sociedade de antes do período cristão.
Ainda que este conservadorismo religioso de extrema direita, se diga cristão, na prática, desconhecem todos os ensinamentos do novo testamento. Nossa conversa não é sobre religiosidade, mas, da construção de uma pátria.
A extrema direita, "caucada nos setores mais arcaicos do agro e de uma legião de empresários da fé", estes últimos, com um messiânico poder de mobilização, são radicalmente contrários à construção de uma pátria que se pretende moderna.
O Brasil, apto a ser uma nação, viveu apenas doze anos, foi praticamente desativado pelo golpe da burguesia e, na sequência, pelo projeto do evangelistão, é exatamente o momento que estamos vivendo, com a extrema direita, buscando um aliado externo, "o dono da rede social X", base essencial de um novo golpe.
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