Exatamente há quatro anos atrás, dois senhores passaram pela frente de nossa casa conversando, o resumo, "romantizado" desta conversa, culminou com a escrita da "crônica para desemburrecer", não tinha tomo, por não haver um projeto de sequência, hoje iniciamos com o tomo 1451, iniciamos o quinto ano de escrita.
A chegada deste montante tem muitos heróis, alguns anônimos, outros nem tanto, alguns destes anônimos, deixaram de ser anônimo, justamente por estas crônicas. Entre estes, já não mais anônimo, há um em especial, a quem devo a errata que se segue! Quando escrevemos sobre o passamento do "Ziraldo".
(Errata: na crônica que comentamos sobre o passamento do Ziraldo, afirmamos erroneamente ser de autoria do Diogo Nogueira, um samba, que na verdade é de autoria de seu pai, João Nogueira. Peço desculpas por nosso erro)!
Infelizmente, os verdadeiros heróis desta série de crônicas, são na verdade, os vilões, não só do Brasil, onde, por consequências diretas, analisamos, mesmo sabendo, que infelizmente, não conseguimos traduzir nossas decepções da maior parte destes absurdos.
Na primeira crônica, foi "a burrice" dos bolzominius, que aplaudiam o "ignorar" da gravidade da pandemia, que ceifou mais de setecentas mil vidas de brasileiros, dois terços desta, totalmente evitadas, se não houvesse a tentativa de ignorar a gravidade.
Se há muitas alegrias, pelos retornos elogiosos destas crônicas, tenho muito a lamentar, lamento principalmente, os motivos que nos levaram a escrever, sem mencionar, quase meio milhão de mortes de brasileiros que vieram a óbito, pelas idiotices que nos levaram a escrever. É o início do quinto ano de lamentações, poderíamos até, estar festejando as razões para a mudança dos títulos, mas aí, nos lembramos da composição do congresso.
CRÓNICAS PARA DESMERECER
Esta foi a primeira, escrita no dia 15/04/20
Ontem, já que a restrição me impõe o quintal, não impede porém, o olhar nem o ouvir, passou uma pessoa conhecida que quase em frente meu portão encontrou um também conhecido e fanático fiel duna destas muitas denominações religiosas que fervilham as periferias, a conversa ouvida foi mais ou menos assim: "- tem acompanhado a fala do presidente que este tal vírus é invenção, - pode até ser invenção, minha neta trabalha num hospital e fala cada coisa, fala que eu nem deveria sair pra rua. - É puro pânico o presidente falou que é só uma gripe, sua neta estudou, então ela deve ser petista, o pastor disse que só vai pegar a tal gripe, os inimigos de Deus, isto é coisa dos árabes que são inimigos do povo de Deus e do povo dele o povo de Israel e dos Estados Unidos, o povo da igreja como eu e você, estamos salvos. - Tem razão minha filha casou com o dono de uma casa de esfiha, deve ser mesmo árabe, inimigos de Israel, aí o mais radical pergunta: -mas seu Manel? Desculpas, não aguentei e entrei , Manel, árabe por ter comprado uma franquia de esfiha, doeu.
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