Um dia, adormeci,
Com um lápis na mão,
O lápis, caiu da mão,
Tocou o papel, marcou um ponto,
O ponto marcado pelo lápis,
No papel, poderia ser só um ponto.
De um ponto de partida qualquer,
Imaginei uma estrada,
Iniciei uma viagem,
Minha viagem poderia ser pelo tempo,
Se fosse o tempo, o tempo do meu viajar,
De cara, poderia ser minha história,
A história, na qual sou protagonista,
De cara percebi, que na história,
Aquela história, qual sou protagonista,
Só virou história, porque havia um relógio.
O relógio, que marca o tempo da minha história,
Foi feito por diversas mãos.
Até para o relógio que marca o tempo,
Há uma história, qual não domino,
Se não domino a existência do relógio,
Quanto mais da minha própria história.
Imaginem então,
Se o ponto, aquele ponto feito por um lápis,
(Apenas), um lápis que caiu da mão,
O lápis foi feito,
Porque, alguém plantou uma árvore,
O lápis foi feito,
Porque, alguém "minerou" o carvão,
Ah, antes mesmo de alguém numerar o carvão,
Ah, esqueci, uma questão de tempo,
Alguém, teve de riscar uma caverna com o carvão,
As paredes de uma caverna,
Alguém certamente imaginou,
Colocar um filete de carvão,
Dentro de um cilindro de madeira,
Sem Isto, não haveria o lápis.
Olha, que nem pensei,
Que o tal ponto poderia ser uma estrada.
QUEM POIS, PÔS A CORDA?
Eu até perguntaria,
Em quem mesmo colocaram a corda?
Ops, antes disto, qual crime que conduziu,
O colarzento, a ser colarizado?
O crime do colarzento, a ser colarizado?
O crime que fez o colarzento,
A ser colarizado, foi o de ser pobre.
A justiça sempre foi aporofóbica.
A justiça, sempre condenou o pobre.
Assim, o crime de ser pobre, "enforcado",
Assim, o crime de ética, impeachment.
Assim o crime, de estar do lado certo,
Um, ganhou o colar, transformado em herói,
Assim, uma mulher, ética, resistiu a tortura.
Alguém colocou o colar,
Alguém arquitetou o impeachment,
De novidade, só a igualdade do golpe.
Anesino Sandice
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