Tem gente, entre os aludidos progressistas, aplaudindo os milicos que não golpearam a democracia, peço todas as vênias, não dá para engolir tal narrativa, na própria narrativa do milico "anti-golpe", ele mencionou a falta de perspectivas para o golpe.
Passado o quadro sombrio arquitetado pelo "ex-despresidente", mas com os rescaldos dos desmandos eleitorais, resultantes de um quadro golpista iniciado pela farsa-jato, sempre em conluio com a não apuração dos crimes da ditadura militar, que criou condições "ideologicamente favoráveis" a alguns milicos pressionarem ministros do supremo a aceitarem a tese da prisão em segunda instância, ou a indisposição para qualquer investigação sobre o tema, ou enquadrar dentro das regras gerais da previdência, as aposentadorias dos milicos, ou ainda extinguir as pensões das filhas, "artificialmente solteiras" destes milicos.
Para que compreendesse como democráticos tais milicos, o mínimo imaginável para imaginar uma conversa, seria a igualdade de condições.
Se dizer; defensores da democracia numa situação privilegiada, é fácil: que eles façam alusão à historicidade do direito, para manter tal privilégio, é imaginável, o que é inimaginável, e só acontece pela cumplicidade de amplos setores sociais, incluindo, é claro, os que vêem heroísmo em nada a mais que, num momento de aparente lucidez fazer, não só o mínimo, ou óbvio, que é cumprir a constituição.
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