Nem os detalhes das negociações nem as reivindicações dos três sindicatos que representam os estivadores foram divulgados ou revelados aos trabalhadores.
Na segunda-feira anterior, os trabalhadores paralisaram os portos de Zarate e Campana, no baixo rio Paraná, na Argentina, atrapalhando o comércio de exportação. Piquetes bloquearam a entrada de 500 caminhões nos portos e navios não conseguiram entregar suas cargas, afetando commodities agrícolas (fertilizantes, grãos), mineração (lítio), automóveis e outros produtos.
Os trabalhadores estão exigindo do proprietário dos portos, a Câmara dos Portos Comerciais Privados, um aumento de 38% para os meses de abril, maio e junho, mais um bônus de 100.000 pesos, para “bater a inflação” (atualmente em uma taxa anual de 110 por cento). A administração está oferecendo de 26% a 30% nesses três meses.
A greve durou apenas algumas horas. Foi fechado pelo sindicato dos estivadores FEMPINRA em resposta a demandas do governo por arbitragem obrigatória. Assim como os sindicatos estivadores em todo o mundo, a FEMPINRA segue uma estratégia de negociação baseada no isolamento das lutas dos estivadores em benefício de governos e empregadores.
Os portos de Zarate-Campora fazem parte de um corredor oceânico/fluvial (Hidrovia) que liga o comércio industrial e agrícola do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
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