Entre os resgates de memória trazidos pelo filme: "AINDA ESTOU AQUI", o caso de meu amigo, o jornalista Dermir Azevedo e sua prisão vieram a mente. Não só a prisão dele como de sua esposa, aliás, cena também vista no filme, com a prisão de Eunice. Entretanto, se no filme, os filhos pequenos ficaram em casa com a empregada, acompanhados por policiais da repressão, para além da história real retratada no cinema, no caso do Dermir, seu filho de um ano e oito meses foi levado para o cárcere.
Acreditem, o Carlos Alexandre Azevedo, se suicidou em 2013, sequelas da tortura aplicadas à criança para que o pai confessasse que era de fato um cristão, que concordava com distribuição justa do pão, com o direito de todo ser humano a uma casa para morar, com o direito a uma educação que permitisse as pessoas, o mínimo, saberem ler, para não caírem nas lógicas do capetalismo entreguista dos milicos, no poder político do Brasil, que queriam um país, como uma estrela da bandeira estadunidense.
Talvez devêssemos pedir desculpas, pelo relato da tortura de uma criança de um ano e oito meses, mas, este fato, está intrinsecamente ligado à proposta deste reencontro.
Se durante os "anos de chumbo", por motivos de segurança, éramos instruídos a não conhecer nada sobre os companheiros, isto, que não segurança pessoal era inevitável, já na ajuda aos familiares, deixava brechas, é justamente estas brechas, contra as quais, durante o processo da redemocratização, nos debatemos, precisamos criar vínculos, que funcionem como uma rede de apoio, vão dizer que estou delirando, mas, se não fossem as múltiplas incompetências da cúpula golpista, muitos de nós, estaríamos exilados ou presos. Precisamos saber de nós.
A ideia é do Jabes Campos, com a qual concordamos integralmente, precisamos construir fortes laços de amizade, não só nos espaços de militâncias, mas, como suporte para impedirmos que novas ameaças, como as recentemente patrocinadas pela extrema direita, esteve e ainda está, sobre nossas realidade.
A proposta é que no dia "12/04/25" os velhos amigos militantes que estão na luta desde sempre, levem sua cerveja, seu refrigerante ou suco preferido, juntamente com o seu tira gosto para o "CLUBINHO, histórico espaço de militância e resistência" lá iremos conversar, apenas isto, conversar, reencontrar amigos, sabermos de nós.
Ah, o clubinho é um centro comunitário b Vila Brasilândia.
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