O ex-presidente compartilhou uma breve carta em seu perfil oficial nas redes sociais na qual reitera mais uma vez que está sendo julgado por atos que "nunca" cometeu e lembra que a juíza responsável pelo caso já "se manifestou" contra ele para "impor o crime de rebelião".
"Comunico à minha família, ao povo peruano, que, exercendo meu direito humano, decidi fazer greve de fome a partir desta data; ato que sou levado a tomar pelas injustiças que foram cometidas contra mim", diz a carta do ex-presidente, assinada pelo ex-ministro da Defesa e advogado Walter Ayala.
Castillo está atualmente envolvido em um processo judicial por possível rebelião e abuso de autoridade pelos eventos ocorridos em dezembro de 2022, quando tentou, sem sucesso, dissolver o Congresso, convocar eleições e criar um governo de emergência para tentar aprovar as reformas prometidas durante a campanha eleitoral anterior.
O Ministério Público do Peru solicitou uma pena de prisão de 34 anos para o ex-chefe de Estado, bem como uma proibição de exercer cargos públicos por três anos e meio e o pagamento de quase 65.600 soles peruanos (cerca de 17.800 dólares) em reparações civis ao Estado.
A prisão de Castillo provocou uma das piores crises recentes do Peru, com quase cinquenta mortos em decorrência da repressão das forças de segurança aos protestos contra sua prisão e contra a pessoa que assumiu o poder, sua até então vice-presidente, Dina Boluarte.
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