sábado, 22 de março de 2025

TOMO MDCCXCII - O GRANDE MAL, DO BOM ACOLHIMENTO


Sou um movista. Para mim, o bom acolhimento é crucial para ter alunos que o modelo educacional excluiu, quer pelas propostas educacionais em si, ou por imposição, ou por necessidades econômicas, ou pelas imposições de gênero.

Tanto as questões econômicas, necessidades de trabalho, basicamente nas famílias excluídas, ou nas imposições misoginias, onde as mulheres não tiveram permissão para alfabetização, para não se corresponderem com namorado. O modelo acolhedor do MOVA, permitiu dentro de uma perspectiva freireana, a manutenção destas pessoas numa sala de aula, isto porém, não chega a ser plenamente benéfico. O mesmo acolhimento que permitiu que centenas de pessoas adquirissem saberes mínimos, muitos destes mínimos, levou pontualmente, uns poucos e poucas destes "ex-analfabetos" a alcançarem um diploma de curso superior, outros a nível técnico, mas, em sua grande maioria, apenas ler o letreiro do ônibus, ou um versículo da bíblia. Nem tudo que é bom, é completamente bom.


A mesma maneira acolhedora do MOVA, manteve em suas salas, muitas pessoas que poderiam ir muito além.


É justamente esta dualidade daquilo que é bom, que tem um reflexo danoso à sociedade como um todo. As carências afetivas do adulto, que manifestam as mesmas carências afetivas de uma criança, estas carências saem do âmbito familiar e adentra as relações sociais numa velocidade astronômica. São exatamente estas carências, que afastam um enorme contingente de pessoas da fria e mecânico igreja católica, levando-os para uma igreja, que em via de regra, está apenas interessada nos dízimos pagos por este novo fiel, mas, para ter este dízimo fielmente pago, a data de aniversário do fiel, bem como de sua esposa e filhos, são pauta de todos os cultos, presença deste fiel, que evolui para obreiro, se imaginando um futuro pastor que percebe parcela considerada dos dízimos.


Se não prática, o Cristo seria o mesmo, no fundamental, há o Cristo real, aquele que foi torturado e executado, que perde, pela falta de acolhimento, todo seu espaço para o mesmo Cristo, que defende a aplicação de seções de tortura a todos os presos, independente de haver ou não culpa.


Obviamente, na opinião deste cronista, os adultos deveriam ser adultos e, como tal, soubessem que toda suas carências vêem da maneira, até agressiva com que a família aborda a criação, está no entanto, não é, nem de longe a realidade. Portanto, numa igreja, em que o fiel, é antes de qualquer coisa, um cliente, que paga, não pela pregação religiosa, mas, por uma manipulação política embutida nesta pregação religiosa.


Como produto o a fé, fica muito longe dos objetivos, a construção de uma sociedade adormecida para um não pensar, é exatamente este não pensar, que é o grande produto destas organizações religiosas. Os preços sociais. De nada importa, desde que o tal fiel pague o dízimo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SBP em pauta

DESTAQUE

Como os EUA dominaram o mundo: o fim do direito internacional

How the U.S. Took Over the World: The End of International Law. Richard D. Wolff & Michael Hudson 

Vale a pena aproveitar esse Super Batepapo

Super Bate Papo ao Vivo

Streams Anteriores

SEMPRE NA RODA DO SBP

Arquivo do blog