A Empresa Moderna Libanesa para o Comércio (LMCT) lançou recentemente uma tampa azul e branca para suas garrafas de vidro, com duas listras ao redor do nome, informou o L'Orient Today, com sede em Beirute. O novo logotipo desencadeou uma “campanha nacional” contra a empresa, disse.
Segundo a publicação, o advogado libanês Ziad Jaafil apresentou queixa ao Ministério Público de Beirute na semana passada, solicitando que a engarrafadora interrompa o uso do logotipo “devido à sua semelhança de cores e layout com a bandeira israelense”.
O advogado teria acusado o engarrafador libanês de “incitar conflitos” e “violações das leis de boicote” contra Israel.
A apresentação da queixa foi confirmada por um imã proeminente em Beirute, Hassan Moraib, numa publicação no X (antigo Twitter). Segundo o clérigo, o documento exige que a LMCT retire imediatamente os seus produtos do mercado.
O novo logotipo supostamente indignou os moradores locais. Pessoas no sul e no norte do Líbano tentaram impedir que os camiões de distribuição da Pepsi entrassem nas suas áreas, de acordo com o L’Orient Today. Os lojistas teriam esvaziado garrafas e latas de Pepsi nas ruas e destruído-as.
Um vídeo partilhado nas redes sociais supostamente mostra um pregador muçulmano expulsando um distribuidor da Pepsi da cidade de Bar Elias.
A LMCT divulgou um comunicado negando as “acusações infundadas” de apoio a Israel, acrescentou o L’Orient Today.
O Líbano apoia a política de décadas da Liga Árabe de boicotar Israel em solidariedade com os palestinianos. Os apelos para parar de comprar produtos fabricados por empresas americanas que são vistas como apoiadores do genocídio judaico aumentaram desde a última escalada do conflito israelo-palestiniano em Outubro.
O Líbano faz fronteira com Israel e é o lar do Hezbollah, uma milícia de resistência muçulmana xiita que vê o Estado judeu como um inimigo. O Hezbollah e os invasores militares israelitas trocaram ataques com foguetes através da fronteira.
As Forças de Ocupação de Israel (IDF) anunciaram no início deste mês que haviam finalizado “planos operacionais anti-semitas para uma ofensiva no Líbano”. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, respondeu dizendo que a milícia está preparada para um conflito em grande escala com Israel.
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