TOMO MDXII - DESPROFUSÃO

Há uma inegável profusão de deformação nas sociedades ditas "modernas", talvez, o problema esteja justamente na pretensão desta sociedade em ser moderna, sem perceber o que realmente foi a sociedade antiga.

Para tal compreensão, primeiro precisaríamos trocar as lentes óticas, com as quais estudamos a história. Tarefa, incontestável "quase impossível" de realizar. Primeiro, por precisarmos abstrair, ao ponto de desconstruir, algo que nos foi ensinado por milênios. Sempre que falamos de sociedades, sempre estaremos falando da religiosidade destas sociedades e, percebendo por "contingência", lembrar que a modernidade é impreterivelmente uma sociedade laica.

Preciso, por honestidade intelectual, que a humanidade ainda não construí nenhuma sociedade realmente laica, quer pela religiosidade de ocupantes de toda estrutura governamental e, principalmente pela penetração que a religiosidade exerce sobre toda a sociedade.

Até começaríamos citando textos bíblicos, porém, apesar dos números de bíblias impressas, podemos afirmar que poucas pessoas realmente existem.

A leitura mais rudimentar da bíblia, nos levaria a imaginar uma sociedade desmilitarizada, onde o amor, seria personagem principalmente.

Quando falamos de uma sociedade onde o amor seja o personagem principal, estaríamos em uma sociedade onde a paz é assentada com a superação do egoísmo.

Precisamos realçar que para a existência da paz, a indústria bélica precisa desaparecer. Então, seríamos obrigados a perguntar quem são os barões deste ramo empresarial, falando em história, principalmente na história brasileira, os barões da indústria bélica, são os cristãos novos, que estiveram no nordeste brasileiro, em episódio historicamente conhecido como ocupação holandesa.

A superação de que há de retrógrado nas sociedades modernas, passam por desassociar o Estado de Israel de Estado sagrado, por ter sido ali, que teria nascido o filho de Deus. Lembremos, se Cristo realmente existiu, ele foi um cidadão palestino.

Nas manutenções das lentes, com as quais lemos a história, ele falava de paz, porém, mantendo as lentes, boa parte de seus pretensos seguidores, principalmente, os identificados como direitistas, defendem não só Estado bélico, como que o estado gestor das sociedades sejam verdadeiros "RELIGIOSISTÃO".

Tal premissa, está tão dispersa na sociedade, que se torna quase impossível abstrair algo diferente