Vice-presidente do Malawi morre em queda de avião

Os destroços do avião militar desaparecido que transportava o vice-presidente do Malawi, Saulos Klaus Chilima, e mais nove pessoas foram encontrados sem sobreviventes, anunciou o presidente do país da África Austral, Lazarus McCarthy Chakwera.

O Presidente Chakwera cancelou uma viagem planeada às Bahamas e ordenou uma operação de busca e salvamento da aeronave das Forças de Defesa do Malawi (MDF), que desapareceu do radar depois de deixar a capital, Lilongwe, na manhã de segunda-feira.

Segundo as autoridades, o falecido vice-presidente e os outros, incluindo a ex-primeira-dama Shanil Dzimbiri, viajavam para a cidade de Mzuzu, no norte, para representar o governo no enterro de um ex-ministro da Justiça, Ralph Kasambara, que morreu há quatro dias. O voo estava previsto para durar 45 minutos, mas o avião, que estaria voando com mau tempo, nunca chegou ao destino.

Mais cedo na terça-feira, o comandante das MDF, Valentino Phiri, disse aos repórteres que o avião poderia ter caído na floresta de Chikangawa e que as operações de busca e resgate foram dificultadas pelas condições de nevoeiro. Os soldados passaram a noite e a manhã procurando o avião na floresta de Chikangawa.

Falando numa conferência de imprensa na terça-feira, o Presidente Chakwera disse que tinha sido informado pelo comandante das MDF que a operação de busca e salvamento tinha sido concluída e o avião tinha sido encontrado.

“Estou profundamente triste e lamento informar a todos que se tornou uma terrível tragédia. A equipe de busca e resgate encontrou a aeronave perto de uma colina na Floresta Chikangawa. Eles o encontraram completamente destruído e sem sobreviventes, pois todos os passageiros a bordo morreram com o impacto”, disse o presidente.

Os preparativos para o enterro das vítimas seriam anunciados ainda hoje, acrescentou Chakwera.

Chilima, de 51 anos, era vice-presidente do Malawi, um país com uma população de aproximadamente 20 milhões, desde 2014.

No mês passado, um tribunal do Malawi rejeitou as acusações de corrupção apresentadas contra Chilima em 2022, depois de o diretor do Ministério Público ter apresentado uma notificação para descontinuar a ação.

O antigo vice-presidente foi preso em 2022 sob alegações de corrupção, depois de o órgão de fiscalização da corrupção do país ter alegado que ele foi pago por ajudar duas empresas ligadas ao empresário britânico Zuneth Sattar, Xaviar Ltd e Malachitte FZE, a garantir contratos com o governo do Malawi. Chilima negou as acusações.