Certamente, meu primeiro contato com a filosofia foi através do "mito da caverna" talvez, a primeira vez que fui levado a refletir sobre a existência, principalmente, sobre uma "névoa", (já que falamos da cultura helênica), que impede que vejamos a realidade.
Talvez, ou certamente, a primeira vez que eu tenha sido levado a refletir, não seja meu primeiro contato com o texto, mas, marcou, eu tinha catorze anos, uma ida ao teatro, peça, "O BANQUETE DE PLATÃO", houve diversas reflexões neste dia, que evidentemente elencaram um novo ser humano. A começar, pela curiosidade, que nos levou inclusive a sair da caixinha imposta pelo cristianismo e perceber, entre outras coisas, que minha pele não era branca, que eu não tinha cabelos loiros, nem os olhos azuis, em suma, ou a bíblia estava mentindo, "neste caso" a fé vendida pelo padre e comprada por minha mãe era mentira, ou o padre assim como minha mãe, "esta assumidamente", eram completos analfabetos. Ainda que só tenha me deparado com a expressão "analfabeto funcional", décadas depois, esta expressão, explicou tal cegueira.
É óbvio, que há uma distância de décadas, entre os catorze anos e a compreensão, que nem cabal, é ainda. No entanto, há uma compreensão, muito longe daquela vendida por minha tia, esta loira dos olhos azuis, (casada com meu tio Francisco, este um negro, "mas a tia Catarina, vendia a idéia, "sem olhar para a pele do marido", que só os brancos eram filhos de deus) das falas da tia Catarina, "cinco anos", aos quarenta e oito, diploma universitário, muitos livros passaram por minhas mãos, de cada um, uma pitada de conhecimento, muitos por pura intuição, um deste conhecimentos, que na minha história, somou-se a intuição, está meu heterônimos mais antigo de poeta, "Anesino Sandice" sempre orgulhei do seu significado imaginado, " Esquecido Louco" até ontem, numa roda de conversa nas ondas da Rádio Comunitária Cantareira, com meu amigo de muitos saraus, nosso parceiro no programa, "Sintonia Cultural ", o Anilson Brito, dois novos trazidos pelo Monahyr Campos, o Silvio Poços e o Maurício Ruiz, descobrimos a relação deste heterônimo com a cultura helênica: Mnemoysne.
Não há tempo que limite a possibilidade de aprendizado, porém, quando você imaginar que seus conhecimentos são o suficiente, ele, o seu "absolutos para você", mas parcos, anti a vastidão de possibilidades, viraram sua obscura prisão.
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