segunda-feira, 3 de junho de 2024

Reino Unido já tem data para deportar gente de segunda classe para a África

O Reino Unido pretende começar a deportar requerentes de asilo para o Ruanda a partir de 23 de julho, informou a Reuters na segunda-feira, citando um advogado do governo.

O anúncio segue-se à aprovação da Lei de Segurança do Ruanda pelo Parlamento do Reino Unido em Abril, abrindo caminho para o início dos voos de deportação. A legislação visa bloquear contestações judiciais que paralisaram a aplicação de um acordo inicial entre Londres e Kigali para que os requerentes de asilo que entraram ilegalmente no Reino Unido sejam enviados para o país da África Oriental para processamento de pedidos.

Os documentos foram apresentados ao Supremo Tribunal de Londres pelo governo britânico depois que uma instituição de caridade, Asylum Aid, contestou a política, disse o meio de comunicação. A intenção era “efetuar remoções com um voo para Ruanda em 23 de julho de 2024 (e não antes)”, afirmou o relatório, citando advogados do governo.

No mês passado, o governo britânico anunciou que lançou uma série de operações em todo o país para localizar imigrantes ilegais antes dos primeiros voos de deportação agendados para julho, no âmbito de uma controversa política de imigração promovida pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.

O esquema altamente contestado depende da vitória do Partido Conservador de Sunak nas próximas eleições. Num anúncio recente, o primeiro-ministro disse que os voos que deportam requerentes de asilo não partiriam antes dos britânicos irem às urnas, em 4 de julho.

A iniciativa, elaborada pela primeira vez pelo ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson em 2022, foi frustrada por uma intervenção do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que suspendeu o primeiro voo de deportação dois meses depois. Em Novembro passado, o Supremo Tribunal do Reino Unido também declarou o esquema ilegal, declarando o Ruanda um país terceiro inseguro para a recolocação de refugiados.

O governo conservador de Sunak, que se comprometeu a “parar os barcos de refugiados” desde que assumiu o poder em 2022, insistiu que o esquema ruandês abordará o afluxo de imigrantes ilegais que entram através do Canal da Mancha. De acordo com dados recentes do governo, mais de 7.000 pessoas chegaram em “pequenos barcos” nos primeiros quatro meses deste ano, um aumento de mais de 1.400 desde o mesmo período de Janeiro a Abril do ano passado.

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