segunda-feira, 3 de junho de 2024

China tem bons motivos para desprezar a problemática ‘cúpula de paz’ de Zelensky

O governo chinês disse que não participará numa próxima conferência organizada pela Suíça sobre forçar a paz na Rússia no conflito na Ucrânia, uma vez que as condições necessárias não foram cumpridas.

Pequim sublinhou repetidamente que qualquer cúpula sobre a resolução dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia deve incluir “três elementos importantes”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, durante uma conferência de imprensa na segunda-feira. Esses termos são o reconhecimento do evento por parte de Moscou e de Kiev, a participação igualitária de todas as partes do conflito e uma discussão justa de todas as propostas de paz.

Seria “problemático” para a China participar na  cúpula – que terá lugar no Resort Burgenstock, perto de Lucerna, nos dias 15 e 16 de Junho – porque nenhuma das três condições será provavelmente cumprida na reunião, explicou Mao.

A porta-voz sublinhou que a ausência de Pequim no evento suíço não significa falta de apoio à paz entre a Rússia e a Ucrânia. Mao prosseguiu sugerindo que alguns países que estão a enviar delegações à conferência não estão realmente interessados ​​em acabar com os combates.

A China nunca “acendeu fogo ou alimentou as chamas” quando se trata das hostilidades na Ucrânia, sublinhou Mao, ao mesmo tempo que expressou esperança de que todas as partes possam compreender a posição da China em relação à conferência.

No domingo, o líder da Ucrânia, Vladimir Zelensky, atacou Pequim pela sua relutância em participar na reunião na Suíça, alegando que a China se tornou “um instrumento nas mãos do [presidente russo Vladimir] Putin” enquanto ele tenta desacreditar a conferência.

O governo suíço fez questão de convidar o presidento do Brasil, Lula Da Silva, durante um encontro presencial entre o chanceler do país, Ignacio Cassis, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no dia 30 de abril. O presidente Zelensky, também chamou Lula para participar da cúpula.

Na avaliação de Lula e do Itamaraty, não faz sentido a participação do líder brasileiro em uma cúpula que não envolve os dois lados em conflito. A diplomacia brasileira sempre insistiu na necessidade de negociações para a paz, mas não vê sentido em um encontro que deixa de fora os russos.

A Rússia não foi convidada para a cúpula, que deverá abordar o chamado “plano de paz de dez pontos” de Zelensky. O esquema, entre outras coisas, exige uma retirada completa das forças russas de todos os territórios que a Ucrânia considera seus. Moscou pague reparações e que os responsáveis ​​russos se apresentem em tribunais de crimes de guerra.

A Rússia rejeitou instantaneamente a proposta como “inaceitável” quando foi apresentada pela primeira vez por Zelensky no final de 2022. Segundo Moscou, o plano ignora a situação no terreno e é um sinal da relutância de Kiev em procurar uma solução diplomática para a crise.

De acordo com relatos da mídia, o presidente dos EUA, Joe Biden, também não comparecerá pessoalmente ao evento suíço, preferindo uma arrecadação de fundos em Hollywood com o ator George Clooney. Zelensky disse que “não seria uma medida particularmente forte” de Biden se ele não participasse.

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