Nascido no departamento francês da Martinica, no Caribe, como muitos negros da seleção francesa de sua geração, era um zagueiro seguro, forte, leal e bastante regular. Destacou-se no Mônaco, Parma, Juventus de Turim, e finalmente no Barcelona.
Por: Benedito Carlos dos Santos - Historiador
Na copa de 1998 marcou seus dois únicos gols com a camisa azul da França, exatamente no jogo contra a Croácia (2 x 1 para “les bleus”) na semifinal do torneio.
Dentro e fora do campo era um exemplo de inteligência. Negro e oriundo da pobreza, como vários futebolistas, nunca esqueceu a sua origem. É e sempre foi um ferrenho opositor do racismo, das desigualdades sociais e da homofobia. Nunca teve medo de tomar partido e se manifestar politicamente.
Desafeto histórico da direita facistóide no seu país, respondeu ao líder extremista Jean Marie le Pen, que o acusava, assim como a outros negros e descendentes de árabes da seleção, de não ser um “verdadeiro francês”, dessa maneira: “Se alguém vir o Le Pen por aí, diga que se ele tem algum problema em ser francês, nós não temos. Viva a França! Mas não a França que Le Pen quer, e sim a França verdadeira.”
Nicolas Sarkozy, quando era primeiro ministro, tentou cooptá-lo com o cargo de ”Ministro da Diversidade”. Thuran não caiu na armadilha. Recusou o ministério e acusou Sarcozy de chefiar um governo racista.
Atualmente dirige uma fundação que leva o seu nome, que combate o racismo, ajuda imigrantes e procura aumentar a conscientização sobre os problemas sociais da França.
Sei filho, Marcos Thuran, que integra a seleção francesa, junto com Mbapé (uma surpresa!) conclamaram os jovens franceses a votar contra a extrema direita. Dois gols de placa!
Enquanto isso, ao sul do Equador, um ex-jogador em atividade, menino Ney, paga pau de aprendiz de ditador e defende a privatização das praias.
Influencers fascistas e pastores reaças aplaudem! Cada país tem o craque que merece!
Saudades do Doutor Sócrates…
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