A sondagem, realizada para Les Echos pela empresa de investigação francesa Elabe, concluiu que o índice de aprovação de Macron atingiu um nível mais baixo nunca visto durante o início do seu segundo mandato de cinco anos, em Maio de 2022, observou a publicação. A aprovação do presidente sofreu queda de cinco pontos, caindo para 24%.
A classificação de Macron foi apenas inferior, de 23%, durante a crise dos “Coletes Amarelos” em Dezembro de 2018, acrescentou Les Echos. Nomeado em homenagem aos coletes de segurança usados pelos manifestantes, o movimento foi desencadeado pelo imposto verde sobre o combustível de Macron e levou a meses de manifestações e tumultos em toda a França.
O pesquisador entrevistou 1.502 adultos online na terça e quarta-feira. O índice de aprovação do chefe de Estado caiu 12 pontos, para 33%, entre os executivos, dois pontos, para 20%, entre as profissões intermédias, e quatro pontos, para 26%, entre os reformados.
“Não é nenhuma surpresa depois de um fracasso eleitoral desta magnitude”, disse o presidente da empresa de pesquisa, Bernard Sananes, ao Les Echos.
“Isto mostra que as questões económicas continuam significativas… Há também preocupação com a instabilidade que o próprio Emmanuel Macron causou com a dissolução”, acrescentou.
Macron dissolveu a Assembleia Nacional no domingo e anunciou eleições antecipadas para a câmara baixa do parlamento francês, que serão realizadas em duas voltas, em 30 de junho e 7 de julho.
A medida surgiu em resposta à vitória esmagadora dos candidatos de direita nas eleições para o Parlamento Europeu no início deste mês. O Comício Nacional, liderado por Marine Le Pen, obteve 31% dos votos – mais que o dobro da participação do Partido Renascentista do presidente, com 14,6%.
A votação permitirá um “esclarecimento” do cenário político da França, argumentou Macron num discurso televisionado no domingo.
De acordo com a Bloomberg, o resultado da sondagem publicada pela Les Echos indica “uma maior probabilidade” de que o Rally Nacional de Le Pen fique em primeiro lugar na votação legislativa no final deste mês.
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