Muito, provavelmente, por meus pais terem saído do campo, quando eu ainda tinha três anos de idade, nunca tive relação com aquilo que pode ser chamado de "CULTURA CAIPIRA". Na minha infância, sinônimo de moleque sem ativismo, todos os traços, até mesmo, os alimentares, e inclua-se aqui, a "pamonha, vieram do Nordeste.
O rótulo de cultura caipira, assim que a luz elétrica chegou no alto da Vila Brasilândia, o rádio só sintonizava rádio que tocavam "ROCK", quando não notícias, assim, o tal gênero musical, nunca foi consumido, na atual rua Alfredo Lúcio.
Na TV, os programas de samba, "muita BOSSA NOVA", nos bailinhos, as músicas internacionais. Quando, nos anos oitenta, a Parafernália eletrônica, chegou à música "sertaneja", na minha cabeça, só deu vida "inaudível", a um Frankstein estranho.
Minha falta de afinidade vinha mesmo da política, enquanto a "BOSSA NOVA", embalada pela militância do PCB, na, até então capital Federal, trazia para o gênero, uma efervescência reflexiva, que embalava a militância de resistência à ditadura militar. Principalmente, num tempo em que os amplos setores da igreja "católica ", namorava a repressão, tal qual, tinha abençoado a escravatura. Assim minhas idas ao interior, era a revelação dos meus inexistentes talentos de "stor", para conviver harmonicamente com o gênero.
Já nos anos oitenta, as (CEBS, "Comunidades Eclesiastes de Base"), nos levaram à igreja, também às festas juninas, minha esposa é católica praticante e nosso filho nasceu no dia de Santo Antônio,
Casamo-nos nos anos oitenta, mesmo ano, que o gênero "sertanejo", chegou às grandes redes de TV, neste tempo, não havia TV paga, nem internet, e a casa pequena me obrigava a ouvir tal gênero.
Ainda que conhecesse verdadeiros "rits da luta camponesa", as duplas que faziam "e fazem" sucesso, não têm nada de popular, é apenas produto para a inércia política, traduzida como "febre conservadora" que deu ao Brasil o "ex-despresidente, o conservadorismo político, assim como as pautas que talvez cause muito bem, na idade média.
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