sábado, 30 de março de 2024

TOMO MCDXXXV - AOS SOTEROPOLITANOS

A revolta dos malês em Salvador, a antiga província da Bahia, no dia 24 de janeiro de 1835

Talvez uma mentira maior que a série interminável de golpes, todos com nomes alterados para que a história não os registre como golpe, só os nomeie mesmo como uma invasão, aquela que entrou para história com o "singelo" nome de descoberta, por exemplo.
Com direito a calmaria, portuga babando nas (altas vergonha, "vagina" das indígenas), um outro golpe, que sucedeu um outro golpe, que já tinha sucedido um golpe.

Apenas por pressão inglesa, a coroa lusitana resolveu colonizar a nova colônia, primeiro, é claro, uma prisão sem "grades, sem teto e sem carcereiro". Sucedendo este golpe, veio o golpe, das capitanias hereditárias, qual foi sucedido, pelo golpe dos governos gerais e a consequente escolha, de uma cidade, para servir de capital. A São Salvador da Bahia de todos os Santos, hoje só Salvador.

Os soteropolitanos capitanearam a colônia, nos dois primeiros governos gerais e após o domínio espanhol. Mas a história da capital de todos os baianos é marcada mesmo pela presença cultural dos imigrantes forçados, a população escravizada da África, com suas cores, crenças e ritmos.

Se na literatura, é impossível pensar a cidade, primeiro sem o padre Antônio Vieira, mas, os escritos de Jorge Amado, um cronista da cultura brasileira, registrando, entre outras coisas, detalhes da vida cotidiana. Se por um lado, é impossível contextualizar os escritos da primeira metade do séc passado, sem realmente contextualizar. Esta regra não vale apenas para o casal "jorge/Zélia Gatai", ainda que pudéssemos enumerar os escritores, fantásticos em seu tempo, que teriam seus conceitos condenados pela intelectualidade do séc XXI, precisamos sempre ponderar, que a intelectualidade do séc XXI, não impediu nem o golpe de 16, "até apoiou", e por consequência, aceitou os quatro anos do genocida.

Não pretendemos "passar pano" para os "racismos" existentes em textos escritos numa época diferente da nossa, pedimos apenas que olhemos para nossos erros, antes de criticar posturas quase centenárias.
Mas, esta crônica foi escrita para parabenizar a população de Salvador. Parabéns para todos os Soteropolitanos, pelos quatrocentos e setenta e cinco anos de sua capital.

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