Os Estados Unidos revelaram considerações sobre a retirada das suas forças do Níger após o fim do seu acordo militar conjunto.
As discussões em curso entre o governo de transição no Níger e os Estados Unidos examinaram a retirada das tropas norte-americanas das terras do país africano e os passos que se seguiriam, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, na segunda-feira.
Quando questionado sobre a possibilidade de concluir a presença de soldados norte-americanos no Níger, Patel respondeu: "Esta é uma das coisas que continuamos a discutir com eles [CNSP] e a discutir os próximos passos."
O Níger declarou no sábado o fim abrupto de um acordo militar de longa data com os Estados Unidos, num discurso público inflamado do porta-voz dos militares nigerianos.
O acordo, que facilitou a presença "ilegal" de militares americanos e civis do Departamento de Defesa dentro das fronteiras do Níger, foi cortado pelo Níger como sendo injusto e uma ferramenta usada pelos EUA para minar a soberania do país.
"O governo do Níger, tendo em conta as aspirações e interesses do seu povo, decide com total responsabilidade denunciar com efeito imediato o acordo relativo ao estatuto do pessoal militar dos Estados Unidos e dos funcionários civis do Departamento de Defesa Americano no território da República do Níger", disse o porta-voz, Coronel Major Amadou Abdramane, em rede nacional de televisão.
“Este acordo não só é profundamente injusto na sua essência, como não vai ao encontro das aspirações e interesses do povo nigerino”, esclareceu.
Além disso, lembrou que os EUA decidiram pôr fim unilateralmente à sua cooperação com o Níger na sequência da tomada militar em 2023.
A declaração surge depois de uma importante delegação dos EUA ter embarcado numa visita ao Níger em 13 de Março. A missão da delegação era participar em discussões vitais, com base em conversações anteriores, com líderes nigerianos do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
O foco das discussões girou em torno do "retorno a um caminho democrático" do Níger, bem como do " futuro da parceria de segurança e desenvolvimento dos EUA", de acordo com um comunicado dos EUA.
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