quinta-feira, 28 de março de 2024

Irlanda se alia a África do Sul no processo de genocídio da contra Israel

A Irlanda intervirá em nome da África do Sul no seu caso contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) sobre alegações de crimes de guerra em Gaza, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Micheal Martin, na quarta-feira.

A decisão foi tomada após análise jurídica e política e consulta com vários parceiros, incluindo Pretória, disse Martin num comunicado. É “claro” que as hostilidades em curso de Israel em Gaza constituem uma “violação flagrante do direito humanitário internacional em grande escala”, acrescentou, ao mesmo tempo que condena o ataque do Hamas a Israel, em 7 de Outubro.

Quase 33 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas em ataques aéreos e terrestres israelenses em Gaza, segundo autoridades de saúde do enclave palestino. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu destruir o grupo militante palestino Hamas após seu ataque transfronteiriço, que matou mais de 1.100 pessoas e viu centenas de outras feitas reféns.

No final do ano passado, a África do Sul apresentou uma ação judicial contra Jerusalém Ocidental no TIJ por alegadamente cometer crimes de guerra “sistemáticos” em Gaza e solicitou um cessar-fogo imediato. Em Janeiro, o tribunal ordenou que Israel tomasse medidas para prevenir o genocídio e melhorar as condições humanitárias para a população de Gaza. No início deste mês, Pretória apresentou um pedido de medidas de emergência adicionais e da modificação da decisão provisória do tribunal superior da ONU, citando a ameaça de fome para a população de Gaza.

Ao anunciar a intervenção da Irlanda, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Martin disse que “metade da população de Gaza enfrenta fome iminente e 100% da população enfrenta insegurança alimentar aguda”.

Acrescentou que o uso “indiscriminado” de armas explosivas em áreas povoadas e o “castigo coletivo” de toda uma população devem acabar.

A visão da comunidade internacional é clara. Já é suficiente. O Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo imediato, a libertação incondicional dos reféns e o levantamento de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala. O Conselho Europeu fez eco a este apelo”, afirmou o diplomata.

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