O líder sérvio publicou uma mensagem enigmática no Instagram na quarta-feira, alertando que “dias difíceis se avizinham para a Sérvia” e que “neste momento, não é fácil dizer que tipo de notícias recebemos nas últimas 48 horas”.
Os desenvolvimentos “ameaçam diretamente os interesses nacionais vitais da Sérvia e da [Republika] Srpska”, observou Vucic, sem fornecer mais detalhes, dizendo apenas que apresentaria aos seus concidadãos os desafios que se avizinham nos próximos dias.
A Republika Srpska é uma região parcialmente autônoma dominada pelos sérvios na Bósnia e Herzegovina.
“Vai ser difícil… Vamos lutar, a Sérvia vai vencer”, acrescentou Vucic.
Embora não esteja claro a que Vucic se referia, ele está pronto para se reunir com diplomatas seniores dos EUA, Reino Unido, Alemanha, França e Itália na quarta-feira, de acordo com o site Pink.rs. Espera-se que a agenda da reunião gire em torno da candidatura do Kosovo para aderir ao Conselho da Europa, um órgão de vigilância internacional dos direitos humanos.
Segundo Pink, Vucic “não perderá a oportunidade de repetir… que foi um movimento pérfido que também tem peso simbólico, pois foi feito no mesmo dia que ficou escrito em letras pretas na memória coletiva dos sérvios”.
O meio de comunicação referia-se ao 25º aniversário do início da campanha de bombardeamento da NATO contra a ex-Iugoslávia sobre o que o bloco chamou de “uso desproporcional da força” contra uma insurgência étnica albanesa em Kosovo.
Também estará em debate a decisão da Comissão Permanente da Assembleia Parlamentar da NATO de elevar a região separatista do Kosovo ao estatuto de membro associado. Uma decisão final sobre o assunto é esperada para o final de maio.
Entretanto, a Rádio Sarajevo sugeriu que o presidente sérvio estava a reagir à decisão do alto representante da Bósnia e Herzegovina, Christian Schmidt, de alterar a lei eleitoral do país. O Gabinete do Alto Representante é uma organização internacional que supervisiona o Acordo de Dayton de 1995, que pôs fim a uma guerra sangrenta na nação dos Balcãs.
Schmidt disse na terça-feira que usaria sua autoridade para introduzir reformas no voto digital como parte de um projeto piloto no país.
A medida foi recebida com resistência por parte do presidente da Republika Srpska, Milorad Dodik, que disse que Schmidt não teve nada a ver com o processo eleitoral, acrescentando que “pertence às pessoas que vivem na Bósnia e Herzegovina”.
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