A sua declaração veio depois de o parlamento do país ter aprovado uma resolução sobre o assunto, no meio da pressão crescente entre os deputados para condenar a operação militar genocida em curso de Israel contra os palestinos em Gaza, que entrou recentemente no seu sexto mês.
Apesar da natureza não vinculativa do documento, Joly confirmou que o governo cessará a transferência de armas para Israel. “É verdade”, disse ela ao responder à pergunta de um repórter.
A moção parlamentar fez parte de uma votação mais ampla originalmente apresentada pela minoria dos Novos Democratas (NDP), de tendência esquerdista, que a apresentou como uma forma de tentar reavivar as negociações de paz e apoiar os palestinos. A resolução que apela a um cessar-fogo em Gaza foi aprovada na segunda-feira, depois de os deputados terem concordado em suavizar a sua linguagem e incluir uma exigência de que o Hamas “deve depor as armas”.
O documento pedia a Ottawa que “cessasse a autorização e transferência de exportações de armas para Israel”, informou a Canadian Broadcasting Corporation na terça-feira. O texto original exigia a suspensão “de todo o comércio de bens e tecnologia militares com Israel”.
A resolução aprovada também apelou ao “estabelecimento do Estado da Palestina como parte de uma solução negociada de dois Estados”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, condenou os comentários de Joly no X (antigo Twitter), argumentando que a recusa em vender armas “mina o direito de Israel à autodefesa contra os terroristas do Hamas”. Ele afirmou ainda que “a história julgará duramente a ação atual do Canadá”.
O grupo militante Hamas lançou uma série de ataques a Israel em 7 de outubro. A subsequente operação militar de Israel em Gaza matou quase 32 mil palestinos, segundo as autoridades de saúde locais.
Apesar dos crescentes apelos internacionais para um cessar-fogo duradouro, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou na terça-feira que as Forças de Defesa de Israel continuarão o seu avanço sobre a cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, que ele descreveu como o reduto usado pelos militantes. “Não vemos uma forma de eliminar militarmente o Hamas sem destruir os batalhões restantes”, disse ele aos legisladores israelitas.
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