A RIQUEZA E O TRABALHO, GASES NOBRES, LOUCURA POR OPÇÃO, IMPARCIALIDADE, DESAPAIXONAMENTO, POR UMA AMPLA DESINVASÃO E DIA DUPLAMENTE DUPLO, DE UM LADO A ALEGRIA
A RIQUEZA E O TRABALHO
A vida, não é só respirar,
Mas, sem respirar,
Não se vive.
A vida se faz pelo trabalho.
A vida, se faz de sonhos,
Não sonhe, porém, em ser milionário,
O milionário não se faz do seu trabalho,
Quem faz o milionário, é o trabalho alheio.
São os calos nas mãos, dos agricultores,
Que enriquece o fazendeiro,
(Que nem na fazenda mora).
É o suor do trabalhador no moinho,
Que mói o trigo,
Que enriquece o industrial,
Que não anda de ônibus lotado.
É o suor do padeiro na padaria,
Que permite, um viver melhor,
Do dono da padaria,
Que vive melhor que o padeiro,
Que faz o pão.
Quem faz o mundo ser o mundo,
Qual conhecemos, é o trabalho,
É a apropriação dos lucros do trabalho,
Que faz o rico,
Que só é rico,
Por não ter de trabalhar.
GASES NOBRES
Os gases nobres,
Quimicamente falando,
São estáveis,
Na última camada de elétrons,
Ou seja, tem um equilíbrio energético.
Como elemento químico,
Estável, não reage com outros elementos,
Da tabela periódica,
Estes são os conhecidos gases nobres
Tal qual os gases nobres,
É a verdade, esta e imisturalável,
A verdade, não se mistura com fakes-news.
Quando a religião, que se transforma,
Na terrena política, e,
Quer dar a política,
A santicidade dos discursos religiosos,
Tem-se, um vendaval de fakes.
Nesta briga, entra o religioso cristão,
Só que o cristão anti-Cristo,
Aquele cristão, que defende a pena de morte.
Nessa briga, entra o religioso cristão,
Só que o cristão anti-Cristo,
Aquele cristão que defende a tortura.
Nesta briga, entra o religioso cristão,
Só que o cristão anti-Cristo,
O cristão contrário ao amor,
Nesta briga, entra o religioso cristão,
Só que o cristão anti-Cristo,
O cristão que nega a parábola do bom samaritano,
Já que na parábola do bom samaritano,
O estrangeiro é bem vindo,
Já que na parábola do bom samaritano,
Não há xenofobia.
Nesta briga, entra o religioso cristão,
Só que o cristão anti-Cristo,
O cristão contrário ao sermão da montanha,
Já que no sermão da montanha,
Há a intransigente defesa dos menos favorecidos,
Prática que a idiotice em geral,
Chama de comunismo,
Ah, eles só chamam isto de comunismo,
Pela indisfarçável preguiça de ler,
Já que soubessem ler,
Saberiam que realmente o único comunista,
Foi o Cristo que eles dizem seguir,
Dizem, só dizem.
A verdade, como gás nobre,
Garante o direito à identidade,
Já que a identidade, impediria,
Um negro defender, "ter votado",
Em alguém que disse:
Negro se pesa por arroba.
A verdade como gás nobre,
Que não se mistura,
Que garante o direito à identidade,
Impediria que um indígena,
Apoiasse alguém contrário a:
Demarcação de terras indígenas.
Poderíamos falar,
Da homofobia, de machismo, de transfobia.
A nobreza do gás nobre,
Não permitiria a negação à ciências.
Já que esta negação,
Causou a morte se quinhentas mil pessoas
Tudo isto em nome de Deus,
Só que o Deus pai de Cristo,
Só que anti-Cristo.
* Feira de improviso nos estúdios da Rádio Heliópolis, no programa do nosso amigo Ruivo Lopes
LOUCURA POR OPÇÃO
Optei por ser diferente,
Já que se fosse igual,
Seria só mais um.
Putz, paremos, de imaginar algumas diferenças,
A diferença que eu quero ter,
É a de ser poeta, putz, esta também não,
Posso até ser diferente,
No olhar que olho a flor,
Assim, a partir, do meu olhar diferente,
Produzir uma poesia diferente,
Porém, só mais uma poesia.
Se não for na poesia,
Que seja, na música,
Ops, a música também pode ser uma poesia.
Então, a diferença que eu quero ter,
É a de não ver diferenças entre os seres.
Assim, neste mundo do Cristo armado,
Quero plantar a paz,
Assim, neste mundo do Cristo xenófobo,
Que semear a compreensão,
Assim, neste mundo do Cristo racista,
Quero espelhar o arco-íris,
Falando em arco-íris,
Neste mundo onde o Cristo é transfóbico e homofóbico.
Quero enxergar a igualdade.
IMPARCIALIDADE
Ética,
Cinco letras mágicas,
Inexistente, princípio humano,
Muito cultuado,
Confundido com moral,
Mas, com uma fundamental diferença,
Enquanto a ética é,
A moral depende.
A ética é,
A moral leva em conta,
A religião.
Enquanto a ética é,
A moral leva em conta,
A falta de educação.
Enquanto a ética é,
A moral, ainda que confundida com a ética,
Olha a cor da pele.
Enquanto a ética e,
A moral leva em conta, a conta bancária.
A ética é humana,
Perdura enquanto houver humanidade,
Só que esta tal humanidade sucumbe,
A humanidade sucumbe à falta de humanidade.
DESAPAIXONAMENTO
Se não fossem minhas paixões,
Eu não teria desvendado o mundo,
Não teria notado a infinita beleza das flores,
Não teria conhecido o privilégio da paternidade.
A paternidade precisa ser responsável,
Para que possa ser paternidade.
Trinta e alguns anos depois,
Ainda tenho dois "filhotes",
Uma filhota muito preta,
E um filhote fantástico.
Quem doura a pilha da intensidade do amor,
É exatamente as paixões envolvidas.
Fora deste contexto familiar,
São exatamente as paixões,
Que nos prende a um passado insuperável.
A humanidade é insoportuvelmente apaixonada,
Esta paixão, "religião",
Espalha ódios,
Estes ódios, erroneamente apelidados de fé.
Se a fé garante uma evolução mínima,
A quem não aprendeu o óbvio,
A mesma fé impede o passo adiante.
Foi a fé, que arquitetou o golpe,
É exatamente a fé,
Que esconde das pesquisas o boom, da economia,
Já que é, está mesma fé cega,
Que cega a humanidade para o morticídio em Gaza.
A cegueira para o morticídio em Gaza,
Cria uma oposição facciosa ao boom econômico.
Precisamos desapaixonar a humanidade,
Para que a humanidade cumpra se papel.
POR UMA AMPLA DESINVASÃO
Fostes lá em 1500,
Que "acidental calmaria"
Trouxe para os "hermanos da morte".
Se literalmente, nossa vassalagem chama,
"De irmão da terra matriz ",
Nossas consciência, estaria pedindo a devolução de nossa soberania.
Entre tantos os invasores,
Deixaram sua língua,
Ah, esta se enriqueceu aqui,
No mesmo tempo,
Em que se enriqueceram o feudais.
Foi para cá,
Que o rei fugiu,
Quando Napoleão,
Cercou a britânica ilha,
A França já tinha derrubado a Bastilha,
Ajudava as colônias do chá,
Terem seus "Washington Tiradentes"
Mas inglesa coroa,
Esquartejou "o George tupiniquins".
Entre os muitos indígenas assassinatos,
Assassinou-se também,
Os sonhos de liberdade,
Sufocando centenas de rebeliões.
Sob o manto da fé submissa,
A inquisição, nada santa,
Sentou a baioneta, queimou mulheres,
Misogenou.
As mulheres serviçais, as peles, nunca brancas.
Pois as brancas peles, "dondocadas",
Realizadas da presença dos "mudos criados"
Que serviam água p'ro banho depois do coito,
Além dos mudos criados,
Haviam os tigres,
Que levavam as latrinas para os rios.
Quase quatrocentos anos de escravidão,
Mais de trezentos de submissão.
Quando poderíamos ser livres,
Vem a estranha direita entrevista,
Ávida por destruir a nação.
Não é mais para a terrinha,
Agora a vassalagem é para a bélica América.
Quinhentos anos vinte quatro anos depois,
Imploro "DESINVADAM O BRASIL".
DIA DUPLAMENTE DUPLO,
DE UM LADO A ALEGRIA
Neste duplo dia, festejo,
Neste duplo dia, lamento,
Neste duplo dia, rejeito,
Me recuso a me findar em lamentações.
Se hoje, o poeta,
Lembrando seu dia, festeja,
O mesmo poeta, por seis anos, lamenta.
Meus seis anos de lamentação, tem nome.
Minhas lamentações para este dia.
"MARIELLE FRANCO E ANDERSON),
Seis anos de um crime político.
Seis anos de um crime contra uma mulher negra.
Seis anos do assassinato de um motorista,
Seis anos da morte de um trabalhador.
Os descasos destes seis anos somam-se,
Nas angústias deste dia duplo,
Na duplicidade deste dia,.
Deveria eu, fazer uma poesia.
Nas angústias deste dia duplo,
Faço uma poesia de luta,
Nas angústias deste dia duplo,
Faço uma poesia em homenagem à Marielle.
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