O atual debate que está acontecendo no congresso, "de extrema direita" sobre o porte de substâncias entorpecentes, desperta, infelizmente, muitas memórias, nada afetivas de nossa existência.
Antes do tempo de curso primeiro, "até a quarta série", quando uma piada racista, tentava extrair risos eu, deste garoto - com sete anos, não conseguia achar graça naquele piada, quase diária.
Nesta piada era dito o nome de uma personagem da TV, depois de um célebre jogador de futebol, célebre, também, pelas idiotices que proferia, claro, todos sabiam quem eram, depois o nome do Papa, que ninguém conhecia, depois a ridícula conclusão: você sabe o nome de uma prostituta, de um "negro", mas não sabe o nome do Papa?
Esta piada só era ouvida na escola dos anos sessenta, por situações que diuturmanente ouvíamos em casa minha mãe "morena" Maria Aurora, sempre que se referia a uma família de negro, (aqueles fedorentos do catimbó, "área invadida", que quando não votam no bozo na entrada, vota no bozo na saída ".
O racismo é algo que se aprende em casa, fui um péssimo aluno.
A ditadura militar, também uma ditadura de brancos, mas foi justamente depois da constituinte, que a situação do aprisionado, "dos pretos pobres", se agravou.
A perplexidade do mundo jurídico, que é construído pela cultura social, antropologicamente construída, passa também, pelos mais de trezentos anos de escravização, quando a "dita religião cristã" naturalizava o rebaixamento de seres humanos, a condição de seres sub-humanos.
Se não houve, uma nova ditadura, "putz, nem sei se a de sessenta e quatro terminou", certamente houve um golpe de Estado, e uma volta, "naturalizada das ideologias de direita", que além do conservadorismo religioso, traz ainda uma ditadura racial, como nos regimes de extrema direita, há a raça pura, os não puros, são naturalmente criminalizado.
O melhor exemplo desta desconstrução, está a tentativa de descaracterizar de bolzominium, uma pessoa que derrubou "durante as tentativas golpistas de 08/01/23",o relógio dado ao Brasil ainda no império, na fala dos bolzominius, a pessoa era uma esquerdista infiltrado, pela vestimenta, expondo a cueca, será que a afirmação é que esta pessoa não poderia ser um bolzominium, por não ser um dos poucos não brancos presentes na tentativa golpista?
As idéias policialescas da direita, vai potencializar o punitivismo dos excluídos, lembremos, infelizmente, o brancos, moradores longe das periferias, não são nem mesmo abordados, logo, não presos, por portar entorpecentes.
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