METRIFICIDADES
Tentei, em vão, medir em passos,Quantos passos seriam,
Para que eu fosse do meu solidificado coração,
Até a paixão expressa em seu olhar,
Percebi, já muito tarde,
Que o amor não se mede,
Percebi, já muito tarde,
Que o imperceptível, "em passos",
Está sempre há um passo de nossa realidade.
Mas, nunca é passos contáveis,
Se os passos não são contáveis,
Fica quase impossível calcular o tempo.
Mas, é o mistério do amar,
Que faz do amor um mistério.
CONVERGÊNCIA
Convergem ao meu olhar,
As convergências de tua luz,
Mesmo distante,
Teu sinuoso corpo,
Atiça minhas imaginações.
Sei, infelizmente, das distâncias físicas,
Sei, muito mais das distâncias imensuráveis,
Assim, vivo como um Dirceu,
Distanciado de sua Marília.
Assim como para o Dirceu,
Exilado de sua Marília,
Não, como o Dirceu, não,
Definitivamente, não,
A Marília do Dirceu,
Era um apêndice, de sua vaidade.
Para eu, sem a parte externa do meu corpo,
Teu corpo,
Sem a parte externa de minha audição,
Sua voz,
Sem a parte externa de meu tato,
A maciez da tua pele,
Sem o filtro para filtrar meu olhar,
Que é vossa imagem,
Não vivo.
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