quarta-feira, 13 de março de 2024

FILHO DE DATENA, JOEL - CABEÇA DE PAPEL, PROPÕE USO DE AGENTE LARANJA PARA CAPTURA DE PRESOS

Grande e meritocrático jornalista, filho de..., o fabuloso Joel - Cabecinha de Papel, jactou um tanto de seu conhecimento investigativo, num comentário feito entre toda costumeira misancene intelectualóide mas, recheada com caras e bocas de esperto na área criminal.

Vale ressaltar, que a bobagem não chega a ser surpresa, para quem tem dois neurônios e sabe como a salsicha é feita para que esses sujeitos ignorantes cheguem a posição de ancora em telejornal nacional.

Garoto Joel, não decepcionara papai e, até aquela altura do programa, já nos brindara com os toscos e bem conhecidos comentários Datenóides, do tipo: Bandido bom é bandido morto.
Ele estava bem empolgado, visto que a manchete do dia girava em torno do "monstro" da rodoviária, marginal que matara um inocente e sequestrara um ônibus no Rio de janeiro. O bandido (infelizmente preso e vivo), ainda assim, com sua historia repleta de crimes, caíra como uma luva para o matutino, estimulando os discursos inflamados para uma sociedade que, vampirescamente, clama por sangue de preto a escorrer desde o alto do morros.
E Joel estava todo espoleta com sua pregação, acusando o genocida Putin pelas baixas de soldados na Ucrânia e culpando o Hammas pelas mortes de palestinos em Gaza, quando o assunto voltou para o Brasil, chegando ao Rio Grande do Norte. 
Joel vinha no pique e, ao comentar sobre as buscas dos fugitivos da prisão federal, em Baraúnas, como pensador de rara estirpe, teve um insight espetacular. Foi um lampejo, desses que nos enchem de orgulho, porque faz parte de raros momentos, quando revelamos para o mundo; a nossa genialidade. Joelzinho então, trouxe a solução para a captura dos homens foragidos.
Considerando que o maior obstáculo enfrentado pelos militares em sua buscas, é a localização do campo investigado, numa região de vasta área com vegetação, serie de bom alvitre usar do mesmo estratagemas, que os heróis americanos usaram no Vietnam, para arrasar com os malvados vietcongs; Mete agente laranja na cabeça desses filhos da Puta, ora bolas! Diria o deslumbrado se pudesse expressar tudo o que o ódio guarda no fundo de seu coração.

Dateninha lembrou ainda que, o Agente laranja queimava toda a vegetação desnudando, portanto, os esconderijos do tenebrosos vietnamitas.
Por óbvio, o filho do homem jamais imaginou os maleficios causado a crianças e mulheres, bem como a destruição ambiental promovida pelos destemidos americanos no Vietnam. 

Vale a pena conferir a fala do infeliz às 43:05min, e mais adiante a boa materia preparada pelo El País, abordando as consequências da investida desumana dos EUA no Vietnam, mesmo cinquenta anos depois dos bombardeios.

El País: 50 anos depois, agente laranja continua contaminando o solo do Vietnã

No Vietnã, o Exército dos EUA travou duas guerras: uma contra o Viet Cong e outra contra a natureza. Nesta, os militares americanos usaram milhões de litros de herbicidas contra a selva onde se escondiam os comunistas e as plantações de arroz que os alimentavam. O herbicida mais usado foi o agente laranja. Uma revisão de diversos estudos mostra que, 50 anos depois que as forças dos EUA pararam de pulverizá-lo, ainda há restos altamente tóxicos desse desfolhante no solo e em sedimentos, de onde entram na cadeia alimentar.

Foi o presidente John Kennedy que, como parte de uma nova estratégia para impedir que o Vietnã do Sul entrasse em colapso sob a pressão dos nacionalistas e comunistas do norte, abriu as portas para a maior guerra química da história. Os primeiros herbicidas chegaram ao Sudeste Asiático em janeiro de 1962, em uma operação que acabaria sendo chamada de projeto Ranch Hand. Usaram diversos compostos químicos, muitos deles desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial para destruir as colheitas de alemães e japoneses.


Vários relatórios das Academias Nacionais de Ciência dos EUA (NAS) e agências governamentais como a Usaid calculam que na Guerra do Vietnã foram usados mais de 80 bilhões de litros de herbicidas. O mais usado foi o agente laranja, um desfolhante. Os militares não quebraram muito a cabeça para dar um nome a esse composto: ele ia em barris com uma faixa dessa cor para diferenciá-lo do agente branco, do agente púrpura, do agente rosa, do agente verde (contra vegetação de folhas grandes) e do agente azul (usado contra os arrozais).
Cerca de 20% das selvas do país e 10 milhões de hectares de arrozais foram pulverizados pelo menos uma vez com doses 20 vezes maiores que as recomendadas

A lógica militar era a seguinte: já que os comunistas usavam a selva como uma arma a mais contra os EUA, era preciso neutralizá-la. O trabalho publicado recentemente em uma revista especializada em solos mostra que 20% das selvas do Vietnã foram pulverizadas pelo menos uma vez. Mas o arroz e outros produtos agrícolas também foram alvo. Até 40% dos herbicidas foram usados contra as plantações. Embora os militares tentassem diferenciar entre arrozais de amigos e inimigos, 10 milhões de hectares foram pulverizados com agente azul, que acabava com a colheita em horas. O terceiro principal uso dos herbicidas foi acabar com todo o verde que houvesse nos arredores das bases militares americanas, criando assim um perímetro de segurança.

Os efeitos de todos os herbicidas eram temporários e era preciso voltar a aplicá-los depois de algum tempo. Para isso, eram usadas desde mochilas às costas até lanchas para pulverizar as margens. Mas foi uma pequena frota de aviões C-123 Provider e helicópteros adaptados para levantar tanques de 3.800 litros que protagonizou o projeto Ranch Hand, com mais de 19.000 voos entre 1962 e 1971.

O agente laranja era, na verdade, um composto em partes iguais de dois herbicidas, o ácido 2,4-Diclorofenoxiacético (2,4-D) e o ácido 2,4,5- Triclorofenoxiacético (2,4,5-T). São reguladores hormonais do crescimento e em poucos dias, semanas no máximo, param de agir. Mas o que não se sabia na época era que o agente laranja continha uma dioxina altamente tóxica, a TCDD. Para acelerar a produção, a temperatura foi elevada em cerca de cinco graus, e a altas temperaturas o cloro presente no composto gerava entre 6.000 e 10.000 partes por milhão (ppm) de TCDD a mais do que em condições normais. Essa substância cancerígena é hidrofóbica, ou seja, não se dissolve na água. Também não é absorvida, e sim adsorvida. Ficava colada às folhas e estas, ao cair, levavam a dioxina até o solo, e a natureza se encarregava de espalhá-la.


“A dioxina contaminante adere ao carbono orgânico e a partículas argilosas do solo, e processos de erosão movem os sedimentos contaminados até os cursos d’água, rios, lagoas e lagos, onde as condições anaeróbicas protegem a dioxina da degradação microbiana, estendendo sua vida média”, comenta em um e-mail o especialista em solos e coautor do estudo Ken Olson, professor da Universidade de Illinois (EUA).

Exposta à ação do Sol, a TCDD se degrada em menos de três anos. Mas, em solos protegidos pela vegetação, demora até 50 anos para se decompor — e, se estiver em sedimentos fluviais ou marinhos, mais de 100 anos. “Os peixes e camarões que se alimentam no fundo pegam os sedimentos contaminados, e a dioxina se acumula em seus tecidos. Peixes maiores comem esses peixes e depois são comidos pelos vietnamitas”, assinala Olson.

Em um dos relatórios mais recentes analisados por Olson e sua colega, a socióloga rural Lois Wright Morton, da Universidade do Estado de Iowa, os pesquisadores oficiais estudaram o solo da base aérea de Bien Hoa e seus arredores. Era uma das principais bases de onde partiam as missões de lançamento de herbicidas. Nela se acumularam as latas que sobraram quando foi suspenso o projeto Ranch Hand. “Os pesquisadores coletaram 1.300 amostras de solo de 76 pontos diferentes da base, terras próximas e lagos. Dessas, 550 tinham níveis de dioxina acima do regulamento do Ministério de Defesa Nacional do Vietnã para uso da terra", comenta o professor americano.
Trinta anos depois que foram usados no Vietnã, vários aviões ainda tinham a dioxina aderida a eles

O solo de outras 16 bases áreas americanas tanto no Vietnã como na Tailândia está contaminado, e muitos dos vietnamitas e americanos expostos na época desenvolveram doenças. Mas pouco se sabe sobre o impacto do agente laranja fora das bases. Ao lado da de Bien Hoa fica a cidade homônima onde vivem 900.000 pessoas. Até hoje é proibida a pesca em rios e lagos da área.

A persistência da TCDD é tanta que vários dos aviões usados para pulverizar o agente laranja tiveram de ser retirados de um leilão e incinerados porque, 30 anos depois de voltar do Vietnã, ainda tinham a dioxina aderida a eles. O último relatório da NAS sobre os efeitos do agente laranja nos veteranos de guerra, publicado em novembro, acrescentou novas patologias relacionadas com a exposição ao herbicida. Esses relatórios são publicados a cada dois anos por determinação do Congresso dos EUA.

Embora se calcule que ainda existam três milhões de vietnamitas que sofrem os efeitos dos desfolhantes, não há um acompanhamento semelhante ao dos veteranos americanos. Dos poucos estudos internacionais sobre a persistência da TCDD no ambiente, destaca-se um publicado há 10 anos por pesquisadores japoneses e vietnamitas. Nele, o nível de contaminação do solo de uma aldeia pulverizada com agente laranja é comparado com o de aldeias que foram poupadas. No primeiro caso, a presença da dioxina era cinco vezes maior que no segundo caso, embora sua concentração fosse mais baixa do que a registrada na base aérea de Bien Hoa. O estudo também detectou níveis mais altos de dioxina no leite materno, mas não se pode descartar a possibilidade de que isso se deva à exposição mais recente a pesticidas agrícolas.

Olson acredita que seria exagerado e sem base científica considerar que todos os solos pulverizados há 50 anos continuem contaminados hoje. De qualquer forma, só em Bien Hoa há pelo menos 414.000 metros cúbicos de solo que deveriam ser tratados. Para Olson, o método definitivo para acabar com a dioxina seria incinerá-los, queimar a terra.

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