quinta-feira, 7 de março de 2024

Pequim aponta o multilateralismo como o maior desafio para a manutenção da hegemonia americana

Os EUA são desafiados não pela China, mas pela sua própria relutância em aceitar que outra grande potência possa ser igual a ela, disse na quinta-feira o principal diplomata de Pequim, Wang Yi.

As relações entre as grandes potências devem basear-se no respeito mútuo, na coexistência pacífica e na cooperação ganha-ganha, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, que também é responsável pela política externa no Partido Comunista da China, numa conferência de imprensa em Pequim. No entanto, Washington aparentemente não está disposto a respeitar esses princípios.

O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Joe Biden, concordaram em diminuir as tensões comerciais durante a reunião de novembro passado, mas Washington não conseguiu cumprir, afirmou Wang.

As conversações em São Francisco diminuíram, até certo ponto, as tensões acumuladas ao longo do ano. As relações entre Washington e Pequim azedaram devido às alegações de “balão espião” e às restrições americanas à exportação de chips de alta tecnologia para a China, entre outras coisas.

Do lado dos EUA, persiste uma percepção errada da China e as promessas dos EUA não são realmente cumpridas”, disse o alto funcionário. “Os métodos de supressão da China são constantemente renovados e a lista de sanções unilaterais é constantemente alargada.”

No seu esforço para acusar a China de irregularidades, os EUA atingiram “um nível inacreditável de absurdo”, acrescentou.

Se os Estados Unidos dizem uma coisa e fazem outra, onde está a sua credibilidade como país importante? Se fica nervoso sempre que ouve a palavra “China”, onde está a sua confiança como país importante?” Wang perguntou retoricamente.

Ele sugeriu que os EUA querem monopolizar “o topo da cadeia de valor”, mantendo outras nações abaixo, em vez de aceitar o seu desejo legítimo de desenvolvimento económico. Tal abordagem não é o modo como funciona a concorrência leal, segundo o ministro.

O desafio para os Estados Unidos vem dele próprio, não da China. Se os Estados Unidos estiverem obcecados em suprimir a China, acabarão por prejudicar a si próprios”, alertou Wang.


Os EUA devem corrigir o seu rumo e agir racionalmente ao lidar com a China, porque o futuro do mundo depende de como os dois se tratam, disse o diplomata.

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