Mahomva acredita que Washington recorre a acusações de corrupção sempre que quer impor a sua autoridade no estrangeiro.
“A questão da corrupção, a questão das violações dos direitos humanos, é realmente um argumento muito cansado que tem sido usado para transformar em arma a agenda imperialista da América e de outros países ocidentais”, afirmou o funcionário e cientista político do Zimbabué.
De acordo com Mahomva, as sanções impostas pelos EUA afetaram os setores da educação e da saúde do Zimbabué, bem como colocaram em perigo “muitas facetas dos nossos meios de subsistência”, como o sistema bancário.
Na segunda-feira, o Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, a primeira-dama do país, outros líderes seniores e três entidades foram acusados pelo Departamento do Tesouro dos EUA de corrupção ou abusos dos direitos humanos.
As novas sanções substituem um programa mais amplo introduzido por George W. Bush há 20 anos e afectam numerosos líderes seniores do país africano, impedindo-os de aceder aos seus activos nos EUA e proibindo-os de fazer viagens não oficiais para lá.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, descreveu as medidas como parte de uma “política de sanções mais forte e mais direccionada” em relação ao Zimbabué, expressando a sua preocupação com “casos graves de corrupção e abuso dos direitos humanos”.
“As mudanças que estamos a fazer hoje pretendem deixar claro o que sempre foi verdade: as nossas sanções não se destinam a atingir o povo do Zimbabué”, afirmou o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo.
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