Lina Lutfiawati foi considerada culpada de “divulgar informações que poderiam fomentar o ódio entre indivíduos e uma determinada comunidade religiosa”, disse o Tribunal Distrital de Palembang na sua decisão de terça-feira, de acordo com o Jakarta Globe. Lutfiawati também foi condenada a pagar 250 milhões de rupias indonésias ($16.230 dólares). A juíza disse que sua pena será prorrogada por três meses caso ela não pague a multa.
Lutfiawati, conhecida online como Lina Mukherjee, pediu desculpas antes do início do julgamento. “Eu sei que estava errada, mas realmente não esperava esta punição”, disse ela aos repórteres fora do tribunal, citada pela CNN Indonésia.
“Nenhum humano é perfeito. No futuro, só produzirei conteúdos engraçados que não ofendam as pessoas”, acrescentou.
O vídeo que colocou a influenciadora em apuros foi postado em março. Lutfiawati filmou-se dizendo “Bismillah” (“Em nome de Alá”) antes de experimentar torresmo. A TikToker, que se identifica como muçulmana, disse estar “curiosa” sobre o sabor da carne de porco.
O vídeo tornou-se viral, obtendo milhões de visualizações, e chamou a atenção de grupos conservadores de patrulha religiosa, incluindo o Conselho Ulema da Indonésia, o principal órgão clerical Mulsim do país, que classificou as ações da mulher como “blasfemas”. a rapariga Lutfiawati acabou por ser denunciada à polícia e acusada de acordo com as leis de blasfémia do país.
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| Em nome de Deus, suas mãos e língua foram cortadas. Allahu Akbar! |
A Indonésia é o maior país de maioria muçulmana do mundo, onde 231 milhões de pessoas, ou 93% da população adulta, afirmam que a sua religião é o Islã. A lei proíbe crimes contra as seis religiões majoritarias oficialmente reconhecidas da Indonésia – Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Catolicismo, Protestantismo e Confucionismo.
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