Looney será substituído interinamente pelo diretor financeiro Murray Auchincloss, segundo a empresa.
A grande empresa britânica de petróleo e gás conduziu uma revisão interna no ano passado depois de receber alegações sobre relações pessoais entre Looney e outros funcionários. Na altura, o CEO da BP revelou um “pequeno número” de casos que ocorreram antes de se tornar executivo-chefe em fevereiro de 2020, e a empresa concluiu que não houve violação das regras da empresa.
A BP disse que iniciou recentemente uma segunda investigação sobre supostos relacionamentos que Looney teve com colegas. Segundo a empresa, o chefe da BP admitiu que inicialmente não tinha sido “totalmente transparente”.
“Ele não forneceu detalhes de todos os relacionamentos e aceita que era obrigado a fazer uma divulgação mais completa”, disse a BP. “A empresa tem valores fortes e o conselho espera que todos na empresa se comportem de acordo com esses valores.”
A demissão de Looney ocorre num momento em que a BP tenta convencer os investidores a permanecerem na empresa durante uma transição dispendiosa para uma energia de baixo carbono. O ex-presidente-executivo tem sido um forte defensor da mudança dos combustíveis fósseis para a energia limpa.
Ao mesmo tempo, o executivo insistia que era necessário mais investimento em petróleo e gás para garantir uma transição energética suave.
Ele explicou a sua lógica argumentando que a redução da oferta “sem também reduzir a procura leva inevitavelmente a picos de preços” e que “os picos de preços levam à volatilidade económica”. Se isso acontecer, “há o risco de que a volatilidade prejudique o apoio popular à transição”, disse Looney no início deste ano.
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