Lula told Zelensky no military solution to Ukraine conflict |
Os dois líderes reuniram-se a portas fechadas à margem da sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, na quinta-feira, 21 de setembro.
Lula deixou claro a Zelensky que acredita que não pode haver solução militar para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, informou a emissora na sexta-feira.
Ele observou que o Brasil foi o único membro do grupo BRICS – que também inclui China, Rússia, Índia e África do Sul – que votou na ONU para condenar a operação militar russa, disseram as fontes.
Segundo as fontes, Lula ressaltou que Brasília está ansiosa para participar dos esforços para alcançar a paz na Ucrânia.
Zelensky respondeu que não tinha confiança de que os termos de qualquer acordo de paz que pudesse ser alcançado com Moscou seriam cumpridos, disseram as fontes. O líder ucraniano também insistiu que só poderia comprometer-se com um acordo que envolvesse a restauração da integridade territorial da Ucrânia, acrescentaram.
Os diplomatas, que estiveram presentes na reunião, descreveram-na como “cordial”, mas disseram que as partes repetiram essencialmente as posições que têm manifestado publicamente nos últimos meses.
Zelensky escreveu em sua página do Telegram na quinta-feira que sua conversa com Lula foi “franca e construtiva”. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse aos jornalistas em Nova York que “foi uma reunião muito importante. Houve um entendimento mútuo muito bom.” Ambos os líderes instruíram os seus diplomatas a continuarem a trabalhar nas relações bilaterais e a discutir a paz, disse ele.
O encontro foi o primeiro encontro presencial entre Lula e Zelensky. Os dois chefes de Estado tinham planeado uma reunião na cimeira do G20 no Japão em 2022, mas isso não se concretizou, com Lula a dizer na altura que Zelensky estava atrasado. O líder ucraniano não foi convidado para a cimeira do G20 deste ano, que teve lugar em Nova Deli, na Índia, no mês passado.
No início desta semana, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, reiterou que a Rússia continua ansiosa por procurar uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, mas que actualmente não vê motivos para o início das negociações.
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