quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Lula do Brasil continua tentando acabar com a guerra na Ucrânia

Brazil’s Lula Pushes His Goal to Try to End Russia’s War in Ukraine 

No seu primeiro discurso desde 2010, no primeiro dia dos discursos dos líderes mundiais na Assembleia Geral, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que “é preciso trabalhar para criar espaço para negociações” para acabar com a guerra na Ucrânia.


Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo”, disse ele no discurso inaugural de um chefe de Estado na 78ª sessão da Assembleia, em 19 de setembro; é um lugar no elenco que o Brasil ocupa nas AGNU anuais desde 1955. Lula, que foi eleito presidente do Brasil em janeiro de 2023, depois de cumprir dois mandatos consecutivos no cargo, de 2003 a 2013, enfatizou que “a guerra na Ucrânia expõe nossa incapacidade coletiva de fazer cumprir os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas.

Como parte do seu impulso diplomático global, Lula deverá reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez em 20 de Setembro – muito provavelmente na “cúpula da Ucrânia” agendada para o Conselho de Segurança. A reunião é altamente esperada, pois o Brasil pode ter algum peso diplomático e neutralidade suficiente para atrair a Ucrânia e a Rússia à mesa de negociações. Mas Kiev quer mais clareza sobre a afirmação do Brasil de que as armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia agravam a guerra; o que um cessar-fogo implicaria; e o que o Brasil considera as preocupações de segurança “legítimas” da Rússia.

Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, viajou para Kiev no início deste ano como enviado de Lula para ajudar a iniciar negociações para tentar superar a guerra, mas tais aberturas não fizeram avançar a agulha da paz nem um centímetro. Lula também reacendeu a fé no multilateralismo baseado nos termos do Sul global, ao tentar manter relações cordiais com todas as potências globais, incluindo os EUA, a China e a Rússia.

Os BRICS, o agrupamento de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, fazem parte deste esforço. Em Agosto, o conjunto informal de países concordou em expandir a sua adesão, acrescentando a Arábia Saudita, o Irã, a Etiópia, o Egipto, a Argentina e os Emirados Árabes Unidos. Na verdade, os BRICS, disse Lula na Assembleia Geral, são o resultado da paralisia do multilateralismo – ou como alguns especialistas lhe chamam, “minilateralismo”.

Durante os dois mandatos presidenciais anteriores de Lula, as suas políticas governamentais tiraram 29 milhões de pessoas da pobreza, à medida que a desigualdade e a fome diminuíram significativamente, segundo o Banco Mundial. Ele também supervisionou uma redução de 67,6% no desmatamento da Amazônia, considerada um regulador climático fundamental para o planeta. Durante os primeiros oito meses deste ano, Lula disse à Assembleia Geral, o desmatamento na Amazônia caiu 48%.

Em julho de 2017, Lula foi condenado em um processo de lawfare que criava acusações de lavagem de dinheiro e corrupção, mas o julgamento foi anulado em 2021 depois que o Supremo Tribunal decidiu que o juiz federal que presidia o caso, Sergio Moro, que era ministro da Justiça e segurança da República na presidência de extrema direita de Jair Bolsonaro, foi tendenciosa contra Lula.


Apesar do seu recente esforço como líder de classe mundial, as potências ocidentais continuam céticas em relação a Lula. “O diálogo e o envolvimento são os métodos preferidos de Lula, em questões que vão desde a guerra na Ucrânia até à política na Venezuela”, disse Ivan Briscoe, diretor para a América Latina, o quintal,  do think tank global International Crisis Group. “Os líderes ocidentais, incluindo o presidente Biden, querem muito abraçar Lula como parceiro, mas alguns acreditam que o Brasil poderia fazer mais para mostrar que China e Rússia é segundo plano.” "Se Lula levantar a voz e instruir Putin a parar a guerra, ele ouvirá. O Brasil tem músculos próprios, mas é a menina dos olhos da Europa e desejado pelos EUA, e Moscou sabe disso", concluiu Briscoe.

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