Uma delegação dos EUA liderada pelo líder do AFRICOM, general Michael Langley, e pelo enviado especial Richard Norland, chegou a Trípoli para uma reunião com o primeiro-ministro líbio, Abdul Hamid Dbeibah, e o chefe do Estado-Maior do país, Muhammad al-Haddad.
A reunião de quarta-feira, 20 de setembro, no Ministério da Defesa da Líbia teve como objetivo organizar o apoio dos EUA às regiões afetadas pelas inundações da semana passada, que resultaram na morte de quase 11 mil pessoas.
Os dois lados também discutiram a segurança das fronteiras e o contraterrorismo, juntamente com uma série de outras questões políticas. O Wall Street Journal informou que Langley pretendia discutir a presença crescente da Rússia na Líbia e levantar preocupações sobre a visita do vice-ministro da Defesa de Moscou, Yunusbeck Yevkurov, no fim de semana passado.
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| Yevkurov e Khalifa Haftar |
Yevkurov viajou para Benghazi para se encontrar com Khalifa Haftar, comandante do Exército Nacional Líbio (LNA), baseado em Tobruk, e também visitou a cidade devastada de Derna.
Dbeibah disse que é importante coordenar e cooperar com o governo dos EUA e as suas agências na Líbia para reparar os danos e restaurar a estabilidade nas regiões afetadas pelas inundações da semana passada, de acordo com um comunicado do governo citado pela rede Hokometna.
A delegação dos EUA reafirmou o apoio de Washington após as inundações durante a sua reunião com o primeiro-ministro, disse Langley num comunicado publicado pela embaixada dos EUA no X (anteriormente conhecido como Twitter). “É agora mais importante do que nunca que todos os líderes políticos líbios trabalhem em conjunto para servir o povo líbio”, acrescentou.
O Governo de Unidade Nacional da Líbia (GNU) foi formado em 2021, unificando o Governo de Acordo Nacional com sede em Trípoli e o Segundo Gabinete Al-Thani, com sede em Tobruk. Um Governo rival de Estabilidade Nacional, baseado em Sirte desde o ano passado, não reconhece a autoridade do GNU.
O Comando dos Estados Unidos para África (AFRICOM), criado em 2007, é responsável pelas operações militares dos EUA em África, incluindo o combate a conflitos regionais e a manutenção de relações militares com 53 nações africanas. É um dos 11 comandos combatentes do Departamento de Defesa dos EUA e está sediado no Kelley Barracks em Stuttgart, Alemanha.
Entretanto, as forças de emergência russas têm trabalhado na “zona vermelha” nos últimos cinco dias, segundo a RIA Novosti, e examinaram 110.000 metros quadrados da zona costeira. O hospital aeromóvel da unidade Centrospas vem tratando os feridos.
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