No seu relatório de terça-feira, 19 de setembro, a Europa 1 afirmou que tropas do regimento de elite Alpine Hunters serão enviadas para patrulhar as montanhas no Vale Roya. Além disso, 60 reservistas policiais serão convocados para reforçar as forças de segurança já presentes na área, informou o meio de comunicação sem divulgar suas fontes.
A estação de rádio afirmou que o departamento dos Alpes Marítimos apresentou um pedido para estabelecer uma instalação de detenção extra que possa acomodar até 100 migrantes detidos temporariamente. Além disso, a Direção-Geral Francesa de Segurança Interna estaria a enviar o seu pessoal para conduzir entrevistas com indivíduos apanhados a tentar atravessar ilegalmente a fronteira. A Europa 1 sugeriu que esta medida se destina principalmente a impedir a entrada de potenciais terroristas em França.
Numa entrevista ao Europe 1 no mesmo dia, o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, disse que Paris quer “ajudar a Itália a proteger as suas fronteiras”, acrescentando que 60% dos migrantes que chegam ao país não são elegíveis para asilo. “Temos de proteger as fronteiras externas da UE”, argumentou o responsável, apelando à rápida deportação dos migrantes cujos pedidos foram rejeitados.
Vários meios de comunicação italianos, incluindo o jornal La Stampa, também noticiaram na terça-feira que um helicóptero francês, “que aparentemente pertence à Alfândega Transalpina”, foi visto patrulhando a área ao longo da fronteira. Além disso, unidades antiterrorismo também foram avistadas ali, alegaram os meios de comunicação. La Stampa também confirmou a chegada de cerca de 50 soldados do regimento Alpine Hunters e seis veículos à fronteira.
Na semana passada, o jornal alemão Die Welt, citando representantes do Ministério do Interior alemão, afirmou que o país suspendeu temporariamente a admissão de migrantes que chegavam através de Itália. De acordo com o relatório, as autoridades atribuíram a decisão, que supostamente entrou em vigor no final de agosto, à “elevada pressão migratória” e à recusa de Roma em honrar o acordo de redistribuição de migrantes em toda a UE.
O Ministério do Interior italiano divulgou no mês passado que impressionantes 89.158 imigrantes ilegais cruzaram com sucesso o Mar Mediterrâneo desde o início deste ano, marcando um aumento significativo de 115% em comparação com o mesmo período de 2022. Em abril, Roma declarou estado de emergência em resposta a este afluxo crescente de recém-chegados.
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