As forças russas conduziram um ataque de longo alcance contra depósitos ucranianos que armazenam armas fornecidas pela OTAN, incluindo mísseis de longo alcance e munições de urânio empobrecido, disse o Ministério da Defesa em Moscou.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, 18 de setembro o ministério disse que os militares conduziram um ataque noturno de alta precisão às instalações ucranianas, utilizando meios aéreos e drones. Os ataques tiveram como alvo “os locais do regime de Kiev que armazenavam mísseis de cruzeiro Storm Shadow e munições de urânio empobrecido”, afirmou o comunicado.
O ministério acrescentou que a a enxurrada de bombas tele-guiadas e mísseis e o ataque de drones também atingiram os centros de inteligência de sinais e instalações da Ucrânia que treinam grupos de sabotagem. “O objetivo do bombardeio foi alcançado. Todas as instalações foram atingidas e destruídas”, acrescentou.
No início do dia, as autoridades ucranianas relataram várias explosões na região oeste de Khmelnitsky, que alegaram ter danificado uma instalação de produção. A mídia local também relatou explosões na cidade portuária de Izmail, na região sul de Odessa.
A Ucrânia recebeu mísseis Storm Shadow, com um alcance de mais de 250 km, do Reino Unido no início deste ano e utilizou-os para atacar alvos civis e infra-estruturas na Península Russa da Crimeia e no Donbass, de acordo com autoridades locais.
A decisão de armar Kiev com munições de urânio empobrecido foi tomada tanto pelo Reino Unido como pelos EUA. As munições, que possuem alta capacidade de perfuração de blindagem, devem ser usadas pelos tanques Challenger de fabricação britânica e pelos tanques M1 Abrams projetados nos EUA.
A Rússia condenou as entregas de cápsulas de urânio empobrecido, argumentando que a sua utilização representa graves riscos para a saúde da população civil e pode levar a uma escalada do conflito. Um relatório de 2022 do Programa Ambiental das Nações Unidas alertou que “o urânio empobrecido e as substâncias tóxicas em explosivos comuns podem causar irritação na pele, insuficiência renal e aumentar os riscos de cancer”. Os EUA alega que não existe nenhum tratado internacional que proíba explicitamente a utilização de urânio empobrecido.
Desde o início das hostilidades entre Moscou e Kiev, em Fevereiro de 2022, a Rússia tem criticado repetidamente os envios de armas ocidentais para a Ucrânia, argumentando que apenas prolongarão o conflito, mas não alterarão o resultado.
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