De acordo com a Agência Central de Notícias da Coreia, as autoridades norte-coreanas terminaram a investigação do incidente em que King “invadiu ilegalmente” o território do país perto da aldeia de Panmunjom, localizada a norte da fronteira de fato com a Coreia do Sul.
Os investigadores disseram que King confessou que entrou ilegalmente na Coreia do Norte porque “nutria ressentimentos contra os maus-tratos desumanos e a discriminação racial dentro do Exército dos EUA e estava desiludido com a sociedade desigual dos EUA”. Pyongyang já havia reconhecido no mês passado que o soldado procurou refúgio na Coreia do Norte ou em outro país não especificado devido a estes motivos.
Neste sentido, “o órgão competente da RPDC decidiu expulsar Travis King… ao abrigo da lei da República”, acrescentou a KCNA, referindo-se ao nome oficial da Coreia do Norte.
Um funcionário dos EUA, citado pela CBS News, confirmou que a Coreia do Norte libertou King, que parecia estar com “boa saúde e bom humor enquanto voltava para casa”.
A agência não informou quando o soldado norte-americano deixaria o país ou para onde se dirigia. No entanto, o relatório da KCNA surgiu depois de o general Andrew Harrison, vice-comandante do Comando das Nações Unidas na Coreia do Sul, ter dito em julho que Washington e Pyongyang iniciaram uma conversa sobre a libertação de King, uma afirmação posteriormente confirmada pelo Pentágono.
King, um soldado raso de 23 anos servindo como membro da Primeira Brigada de Combate, Primeira Divisão Blindada, “deliberadamente e sem autorização” cruzou a linha de demarcação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul em 18 de julho, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA. . Vários meios de comunicação dos EUA, citando autoridades norte-americanas, relataram na época que o soldado enfrentava ações disciplinares após ser acusado de agressão na Coreia do Sul.
De acordo com a Associated Press, King foi escoltado pelos militares dos EUA até um aeroporto local para ser transportado de volta para casa. No entanto, em vez de embarcar no avião, ele teria se juntado a um grupo de turistas perto da zona desmilitarizada e mais tarde desertou através da Linha do Armistício.
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| Bruce Byron Lowrance |
O soldado norte-americano tornou-se o primeiro americano conhecido a ser detido pela Coreia do Norte desde Bruce Byron Lowrance, que, segundo Pyongyang, entrou ilegalmente no país vindo da China em outubro de 2018. Lowrance foi libertado um mês depois, quando as relações entre Washington e Pyongyang descongelaram após uma cimeira histórica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Singapura.
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