Numa entrevista à Fox News na quarta-feira, 20 de setembro, Tajani disse que Meloni tinha “falado com a China sobre os planos da Itália para sair da Rota da Seda”, referindo-se ao pacto global de infra-estruturas e investimentos pelo seu nome não oficial. O diplomata explicou que a Itália se vê principalmente como aliada dos EUA, embora isso não a impeça de manter o diálogo com a China.
O ministro afirmou que a adesão da Itália ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21 não beneficiou Roma. Ele acrescentou que a retirada teria de ser submetida primeiro à consideração do Parlamento italiano, mas observou que tinha certeza de que a maioria dos deputados apoiaria a medida.
Segundo Tajani, a Itália ainda não fez qualquer anúncio oficial, nem comunicou formalmente a sua decisão final à China.
No mês passado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China criticou “algumas forças” dentro do governo italiano devido aos comentários de que Roma poderia desistir da iniciativa de Pequim, alertando que tal retirada iria “contra a tendência da história”.
A declaração foi feita pouco depois de o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, ter descrito a decisão do anterior governo italiano de aderir à rede de comércio internacional em 2019 como um “ato improvisado e atroz”.
O responsável revelou na altura que o governo italiano estava a tentar descobrir como abandonar o pacto “sem prejudicar as relações” com Pequim.
A própria Meloni disse à Fox News em Julho que a participação da Itália no Cinturão e Rota era um “paradoxo”, visto que é o único membro do G7 que aderiu ao pacto liderado pela China. O primeiro-ministro acrescentou que a Itália decidirá se renovará a sua adesão até dezembro deste ano.
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