Artista talentoso e diverso deixou sua marca na musica, no teatro, televisão e cinema e ainda hoje faz sucesso nas redes sociais.
Entretanto, para além de sua marca artística tem grande valor para o povo brasileiro como símbolo de uma alegria que tanto nos faz falta atualmente. E precisamos muito que essa suas marcas fiquem mesmo para sempre.
Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido pelo nome artístico Mussum (Rio de Janeiro, 7 de abril de 1941 — São Paulo, 29 de julho de 1994), foi um humorista, ator, músico, cantor e compositor brasileiro.
Na indústria musical, integrou o grupo de samba Os Originais do Samba em meados da década de 1960, como cantor e percussionista com os nomes artísticos de "Carlinhos da Mangueira" ou "Carlinhos do Reco-Reco". Como humorista, fez parte do célebre quarteto Os Trapalhões, tendo sido o 3° mais antigo integrante da trupe, e o segundo a falecer (quatro anos depois de Zacarias).
Mussum teve origem humilde: nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar da Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Mussum iniciou sua carreira artística tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba.
Carreira musical
Com Os Originais do Samba
Mussum participou, com Os Originais do Samba, de um show realizado no Teatro Bela Vista, em São Paulo, ao lado de Baden Powell e Márcia. O registro do show foi lançado em LP pelo selo Philips em 1968.
Carreira solo
Em 1978 lançou seu primeiro disco solo “Água benta”. Em 1980 e 1983 lançou, pelo selo RCA Victor, dois LPs intitulados “Mussum”. Também pelo selo RCA Victor lançou em 1981 um single e um compacto, e em 1982 um single com as músicas “O amigo da criança (Melô do piniquinho)” (Mussum e Silvio da Parada) e “Camisa 10” (Hélio Matheus e Luis Vagner). Em 1983 lançou, pelo selo EMI-Odeon, um compacto simples com Dedé Santana e Zacarias, que inclui as faixas “Todo mundo deve ser mais criança” (Renato Corrêa e Cláudio Rabello) e “Vamos a luta” (Mussum, Neoci, Adilson Victor e Jorge Aragão). Em 1987 lançou, pelo selo Continental, mais um LP intitulado “Mussum”. Em 2014 foi lançada a biografia “Mussum forévis – Samba, mé e Trapalhões”, escrita pelo jornalista Juliano Barreto, pela editora Leya.
Carreira como humorista
Mussum começou na TV em 1966, quando trabalhou em vários musicais da TV Globo e Excelsior, e também conheceu Dedé Santana.
Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusou: entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar a trupe em 1972 (Na época, ainda era um trio, pois Zacarias entraria no grupo depois, em 1974). Antes de entrar para o grupo porém, Mussum trabalhou na Escolinha do Professor Raimundo, com Chico Anysio.
Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados ao samba. Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira: todos os anos, sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão, veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era rubro-negro fanático.
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