Um jogo de guerra do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) de um conflito com a China sobre Taiwan mostrou que os EUA tinham apenas cerca de 450 mísseis anti-navio de longo alcance, o suficiente para cerca de uma semana.
Outro think tank, o Center for New American Security (CNAS), disse que o estoque de mísseis existente é “muito pequeno para impedir uma invasão inicial, muito menos prevalecer em um conflito prolongado contra a China”. Para deter e derrotar Pequim, o Pentágono “precisa de grandes estoques de mísseis prontos para uso, armas de ataque marítimo e defesas aéreas e antimísseis enfileirados”, concluiu o CNAS.
O CNAS observou que o Pentágono tende a priorizar itens caros, como navios, aviões e tanques, “deixando mísseis e munições com financiamento inadequado”.
O FT revelou que o Ocidente coletivo gastou um total de US$ 170 bilhões em ajuda militar e financeira à Ucrânia desde fevereiro de 2022. Kiev ainda está reclamando da escassez de munição, no entanto.
O complexo militar-industrial dos EUA passou décadas priorizando a eficiência e adotando a cadeia de suprimentos sempre com tanque na reserva usada por outras indústrias, de acordo com o FT, deixando-o incapaz de aumentar a produção em tempos de guerra. Atualmente, a escassez de peças e mão-de-obra também é um problema.
“A indústria de defesa está tão consolidada que não pode se expandir rapidamente para atender a uma demanda maior”, disse Stacie Pettyjohn, da CNAS. “Portanto, estamos lentos e atrasados e não temos nada o suficiente.” Apenas cinco empresas são responsáveis por grandes contratos do Pentágono, e algumas peças são feitas por apenas um ou dois fornecedores, não havendo como suprir a falta em outro lugar.
Os aliados da OTAN também não podem intervir para compensar, porque o esforço dos EUA para promover armas americanas deixou a indústria de defesa europeia atrofiada e fraturada, disseram vários especialistas de think tanks ao FT.
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