Vários membros do serviço ucraniano não identificados disseram ao Wash. Post que extensos campos minados russos representam a maior ameaça ao seu hardware, enquanto repórteres americanos viram nove Bradleys precisando de reparos em um único local perto da linha de frente na região de Zaporozhye.
As tropas ucranianas detalharam como devem fazer pedidos formais de peças sobressalentes a seus comandantes, que presumivelmente têm reservas limitadas à sua disposição.
De acordo com o Post, os soldados ucranianos rotineiramente recorrem à canibalização de Bradleys mais danificados – rotulando-os de “doadores” – para consertar outros veículos.
“Antes dos doadores, estávamos apenas fazendo reparos mínimos e esperando que outros fossem danificados”, disse um militar ucraniano ao jornal americano.
Os veículos “doadores” são então enviados para a Polônia para reparos mais sofisticados. No entanto, as tropas ucranianas estão tentando minimizar a remoção de hardware, já que normalmente leva semanas antes de retornar às linhas de frente.
Enquanto isso, um oficial militar anônimo dos EUA disse ao Post que desconhecia quaisquer problemas relacionados à entrega de peças de reposição dos estoques americanos. Ele supôs que gargalos, no entanto, podem existir dentro das próprias cadeias de suprimentos da Ucrânia.
O jornal citou o oficial como confirmando a destruição de aproximadamente uma dúzia de Bradleys até agora. Enquanto isso, o Post observou que a empresa de pesquisa militar de “código aberto” Oryx havia contado várias dezenas de outras unidades do hardware fabricado nos EUA que sofreram danos de gravidade variável desde o início da contra-ofensiva ucraniana no início de junho.
Dos 190 veículos de combate que Washington prometeu fornecer a Kiev, mais da metade foi recebida pelos militares ucranianos, revelou o oficial americano não identificado.
O Bradley é um veículo blindado leve operado por uma tripulação de três pessoas e pode transportar mais seis soldados. Está armado com um canhão automático de 25 mm e mísseis antitanque TOW.
Quando o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou sua decisão de fornecer o hardware à Ucrânia em janeiro, o Pentágono descreveu os veículos como “matadores de tanques”, alegando que forneceriam “um nível de poder de fogo e blindagem que traria vantagens no campo de batalha”.
Moscou, por sua vez, alertou que todos os blindados fornecidos pelo Ocidente seriam prontamente destruídos, alegando que os carregamentos apenas prolongariam, não alterando, o conflito desnecessariamente.
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