Brazil opposes supply of weapons to Ukraine – top diplomat |
O Brasil é contra a entrega de armas a qualquer uma das partes no conflito Ucrânia-Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O diplomata também previu que a paz acabaria sendo alcançada com a ajuda de nações que não tomaram partido, como Brasil e países africanos.
Em entrevista à RIA Novosti da Rússia publicada na segunda-feira, 17 de julho, Vieira enfatizou que Brasília sempre expressou sua oposição ao envio de armas para Kiev e Moscou.
Segundo o diplomata, “vários países estão dispostos a aderir” aos esforços de paz do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro citou as iniciativas recentemente apresentadas por um grupo de nações africanas.
“Isso levará tempo, mas é justamente isso que levará à paz pela qual lutamos”, insistiu Vieira.
Durante uma visita oficial a Roma no mês passado, o presidente Lula argumentou que a Rússia e a Ucrânia precisam chegar a um acordo para encerrar o conflito.
“As duas partes precisam conseguir algo. Só os russos e os ucranianos sabem o que precisam para alcançar a paz”, disse na época.
O chefe de Estado brasileiro também questionou a capacidade de mediação da UE, argumentando que o bloco está efetivamente envolvido no conflito. Lula passou a nomear Índia, México e nações africanas como potenciais mediadores neutros da paz.
Moscou culpou Kiev pela falta de negociações de paz, apontando que no ano passado o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou um decreto que exclui as negociações enquanto seu colega russo, Vladimir Putin, permanecer no poder.
O governo ucraniano insiste que só negociará depois de expulsar as forças russas de todos os territórios dentro de suas fronteiras de 1991. Zelensky propôs um plano de paz próprio, que exige a retirada da Rússia, reparações e um tribunal para supostos criminosos de guerra.
Moscou rejeitou a ideia, descrevendo-a como distante da realidade.
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