sábado, 29 de julho de 2023

Ditador do Níger se declara presidente


O chefe da guarda presidencial do Níger, general Abdourahamane Tiani, que planejou a derrubada do presidente eleito Mohamed Bazoum esta semana, declarou-se o novo líder nacional, tornando-se o ditador de fato.

Abdourahamane, também conhecido como Omar Tchiani, apareceu no canal de TV estatal Tele Sahel na sexta-feira, 28 de julho, chamando a si mesmo de presidente, não ditador, do recém-formado conselho militar, o Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, e alegando que o golpe militar anti-democratico de quarta-feira foi para proteger a segurança nacional.

O presidente Bazoum foi detido na quarta-feira por membros de seu destacamento de segurança, com altos oficiais militares anunciando posteriormente que ele havia sido removido do poder e todas as instituições estatais suspensas.

Niamey é considerado um aliado fiel dos EUA e da OTAN no combate às insurgências jihadistas na região do Sahel, com tropas da França e dos EUA baseadas lá.


A agitação gerou condenação internacional, com o presidente francês Emmanuel Macron se juntando ao bloco regional da África Ocidental (CEDEAO) para exigir que os líderes do golpe libertem Bazoum.

Macron descreveu Bazoum como um “líder corajoso que está fazendo as reformas e os investimentos de que seu país precisa”, acrescentando que Paris apoiará as potências regionais na imposição de sanções aos golpistas.

Tchiani, que liderava a guarda presidencial desde 2011, justificou as suas ações na quinta-feira como uma reação à “deterioração da situação de segurança”. Ele argumentou que o governo falhou em dar ao povo do Níger “um vislumbre de uma saída real para a crise”.

A dura realidade da insegurança no Níger, vivida por nossas forças de defesa e populações trabalhadoras, com seu saldo de mortes, deslocamentos, humilhações e frustrações, nos lembra diariamente dessa dura realidade”, disse Tchiani.


Ele também criticou a falta de colaboração com as juntas de Mali e Burkina Faso no combate às insurgências na região.

Bazoum foi eleito na primeira transição democrática de poder do Níger em 2021, após anos de turbulência política. A ex-colônia francesa passou por cinco tomadas de poder desde a independência em 1960.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou o golpe na quinta-feira como um "ato anticonstitucional", juntando-se ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na condenação da mudança de poder "inaceitável".

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