domingo, 16 de julho de 2023

O BICHO ESTÁ PEGANDO PARA O LADO DOS BRASILEIROS, QUE LUTAM AO LADO DOS NAZISTAS NA UCRÃNIA

 


Brasileiros lutando por Kiev correm risco de vida e de processo penal, alerta presidente da ADEPOL


Autoridades de OTAN e Ucrânia reforçam campanha para recrutar brasileiros a lutar no front por Kiev. De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, compatriotas aliciados pela Ucrânia não só correm risco de vida no exterior, mas também de serem alvo de processo penal em território nacional.
O mês de julho foi marcado pela retomada de atividades de mobilização por parte de autoridades da Organização do Tradado do Atlântico Norte (OTAN) e de Kiev para sustentar o esforço de guerra na Ucrânia. Com escassez de soldados, pessoal especializado e informações confiáveis, o Sul Global e a própria Rússia entraram na mira dos recrutadores.
O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Burns, admitiu estar utilizando as redes sociais para recrutar novos espiões ligados a Moscou, reportou a emissora CNN.




"Recentemente, usamos a mídia social – nosso primeiro post de vídeo no Telegram, na verdade – para permitir que os corajosos russos saibam como entrar em contato conosco com segurança na dark web", disse Burns. "Estamos abertos para negócios."


No Sul Global, no entanto, a proposta de trabalho oferecida por OTAN e Ucrânia é outra: lutar no front ucraniano durante operações de caráter ofensivo, de alta periculosidade.
No Brasil, supostos ex-combatentes pró-Kiev estão aumentando suas atividades nas redes sociais para convencer brasileiros a lutar no conflito mais violento do século XXI, alerta o analista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil, comandante Robinson Farinazzo.




"A Ucrânia faz o recrutamento no Sul Global porque não tem mais gente para enviar para o campo de batalha", disse Farinazzo à Sputnik Brasil. "Além de completar as suas fileiras, o recrutamento também tem efeito propagandístico."


Segundo ele, a mídia brasileira desinforma seus leitores ao "vender a história de que a guerra na Ucrânia era um safári de matar soldados russos", de que os combatentes brasileiros "fariam postagens nas redes sociais e seriam recebidos em casa como heróis".
"Quem foi lá viu que não é bem assim", considerou Farinazzo. "Este é um conflito de alta intensidade, no qual muitos morrem logo ao chegar na linha de frente, sem nem sequer entrar em combate."

Em 2022, pelo menos três brasileiros faleceram ao se juntar à Legião Estrangeira coordenada por Kiev. No contexto atual da contraofensiva, uma guerra que já era assimétrica fica ainda mais perigosa.


"Os EUA já enviaram de 30% a 40% do seu estoque de munição de 155 mm para a Ucrânia. É uma batalha de artilharia violentíssima, o conflito mais violento desse o início do milênio", disse Farinazzo. "Eu não sei se as pessoas que estão indo pra lá tem consciência disso."

O oficial da reserva da Marinha do Brasil relata que o perfil de brasileiros aliciados para lutar na Ucrânia varia: um primeiro grupo seria formado de pessoas ideologicamente comprometidas com ideais radicais ou neonazistas, e um segundo de pessoas buscando aventuras pessoais.


"Nós, de países latino-americanos, vamos ter problemas, porque muita gente vai voltar com as ideias complicadas em virtude de contato com grupos como Pravy Sektor [organização extremista proibida na Rússia] e neonazistas ucranianos. Esse será um problema futuro para os países do Sul Global com esse pessoal que regressa da Ucrânia", acredita Farinazzo.

Um terceiro perfil, no entanto, está sendo explorado pelos recrutadores de Kiev, conforme relatou o brasileiro recentemente aliciado, Léo Ortiz, à Jovem Pan News.


"As pessoas que estão agora lá, no geral, são de classe mais baixa. As pessoas de classe média já todas fugiram. São pessoas carentes, precisando de apoio e que não tem para onde ir", disse Ortiz. "Me disseram que a situação é tensa e complicada, que os russos mandam artilharia neles direto, e para que eu pensasse bem."

O brasileiro foi informado que receberá pagamento em dinheiro para lutar, promessa que "dificilmente se realiza", conforme nota a própria videorreportagem do veículo de imprensa brasileiro.

Nova onda de aliciamento
O caso de Léo Ortiz confirma o esforço ucraniano de promover uma nova onda de recrutamento entre cidadãos de América Latina, África e Oriente Médio, conforme alertou o Ministério da Defesa da Rússia, na segunda-feira (10).
A realização de campanha sistemática e institucional de aliciamento no Brasil por parte de país estrangeiro pode configurar crime, alertou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, a ADEPOL do Brasil, pesquisador de conflitos militares e autor de estudos do História Militar em Debate, Rodolfo Queiroz.


"O recrutamento institucional e oficial com promessas de ganho financeiro pode caracterizar infrações sérias ao ordenamento jurídico brasileiro, implicando possível responsabilidade criminal e civil para quem tentar mercantilizar esse tipo de recrutamento no Brasil", disse Queiroz à Sputnik Brasil.

Segundo ele, "recrutar cidadãos brasileiros para servir a forças militares ou paramilitares estrangeiras pode caracterizar crimes previstos na Lei de Organização Criminosa – Lei 12850/2013".
Por ora, as campanhas de aliciamento estão sendo "realizadas de maneira informal, pela Internet. Caso fossem realizadas de forma institucional, Kiev e seus aliados poderiam incorrer em crime", concedeu Queiroz.Continue a leitura clicando no link da matéria

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