A Unidade de Gestão de Risco e Desastres do governo do Líbano confirmou na quinta-feira que o número de mortos por ataques israelenses ao país desde outubro de 2023 chegou a 1.540 vítimas, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Entre os feridos, são ao menos 5.410 vítimas, além de 77.100 deslocados à força, registrados em abrigos sancionados, até a tarde desta quarta-feira (25).
Conforme o relatório, os abrigos montados em instalações públicas chegaram a 565 no total, incluindo escolas, institutos vocacionais e mesmo centros agrícolas.
O departamento observou ainda que milhares deixaram o Líbano por ar ou atravessaram a fronteira por terra rumo à Síria. Contudo, alertou para subnotificação sobre os dados oficiais, que estimam a passagem 15.600 sírios e 16.130 libaneses em dois dias.
O relatório quantificou os ataques israelenses desde segunda-feira (23), com 7.034 ataques aéreos ou bombardeios, 133 disparos de arma de fogo e 248 ataques com fósforo branco — substância proibida que causa queimaduras graves e danos ambientais.
Os quatro dias consecutivos de ataques israelenses ao Líbano — pior instância do tipo desde a guerra aberta Israel–Hezbollah em 2006 — deixaram ao menos 677 mortos e 2.500 feridos, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde em Beirute.
Israel e Hezbollah trocam disparos através da fronteira desde outubro último, no contexto do genocídio israelense na Faixa de Gaza, com 41 mil mortos, 95 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Tensões escalaram na última semana com atentados terroristas atribuídos ao Mossad, que explodiram pagers e walkie-talkies nas ruas libanesas, incitando temores de propagação da guerra a uma escala regional.
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