.webp)
“A Venezuela tem que fazer leis antifascistas severas, porque o ódio, a violência, a divisão e a perseguição das pessoas pelas suas ideias, pela sua forma de pensar e de ser não podem proliferar aqui”, disse ele durante o programa Con Maduro + el governante, que foi reeleito para um terceiro mandato de seis anos nas últimas eleições de 28 de julho, o que gerou protestos da oposição por “alegações de fraude”, sem apresentar provas.
“Estamos fazendo leis para melhorar nossa saúde”, disse ele. Confirmou que acompanhou de perto os procedimentos do salvo-conduto concedido a González e que “respeita” a sua decisão de se exilar em Espanha. Ele acrescentou que liderou o processo de saída “com uma equipe, mas pessoalmente”.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yván Gil, criticou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a quem acusou de tentar anunciar “um golpe de Estado através das redes sociais”, pela forma como manifestou apoio a Edmundo González.
“De forma grosseira, o secretário Blinken pretende anunciar, através das redes sociais, como sempre, “um golpe de Estado na Venezuela”, acusou Gil, em resposta aos comentários feitos por Blinquen em X de que “os venezuelanos votaram pela mudança. Não podemos permitir que Maduro e os seus representantes se agarrem ao poder pela força”.
O diplomata venezuelano comentou: “seus planos foram pulverizados com o voto e com a unidade e mobilização da polícia civil-militar. Eles não vão voltar! Nestes tempos, nós, bolivarianos, transformamos a Doutrina Monroe em poeira cósmica”.
Por sua vez, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, reiterou que a saída de Edmundo González para Espanha foi “discutida”, apesar de o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, ter sublinhado que não houve “acordo político”.
“Como é que um avião do governo espanhol chega aqui à Venezuela? Da força aérea? É porque fomos invadidos? Não, não, não. Foi conversado, trabalhado, se ele não quiser usar o termo negociado”, afirmou Cabello e acrescentou que o exílio de González foi “um ato voluntário”.
“Ele não disse nada a ninguém da oposição e apanhou-os de surpresa, porque se González Urrutia fugia de alguém da direita, de María Corina, do fascismo, saiu porque sabia que não ganhou ” e porque “ele sabe que aquelas pessoas que o cercavam vão machucá-lo”, disse ele.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, argumentou que o processo aberto contra o líder da oposição por alegados crimes associados ao terrorismo foi “encerrado” após a sua saída e reiterou que González solicitou salvo-conduto diretamente ao Ministério Público, o que lhe permitiu viajar para Espanha.
Por sua vez, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, informou que permanecerá no país, para poder “acompanhar a luta daqui, enquanto ele (González) faz oposição de fora”.
“Nas circunstâncias em que estive na Venezuela, não pude desempenhar todas as funções”, disse Machado, ao convocar, nas redes sociais, uma manifestação hoje na Plaza de las Cortes, na capital espanhola, para “reivindicar o mandato em 28 de julho.”
Por sua vez, o governo colombiano, que tentou a mediação na crise pós-eleitoral na Venezuela, lamentou a saída de González Urrutia.
O Peru reiterou que “é a favor de que os problemas da Venezuela sejam resolvidos pelos venezuelanos”. Enquanto a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América aplaudiu o desempenho de Caracas, por permitir a saída de González.
Nenhum comentário:
Postar um comentário