“Israel bloqueou 70 por cento dos materiais de dupla utilização necessários para construir e operar estações de tratamento de águas residuais, impedindo o tratamento adequado de águas residuais, levando à contaminação fecal progressiva das águas subterrâneas”, afirmou ele numa conferência de imprensa.
Arrojo-Agudo indicou que a população de Gaza vive com uma média de 4,7 litros de água por pessoa por dia, sendo a média de 100 para “necessidades diárias”. Na verdade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera 15 litros essenciais para sobreviver em situações de emergência.
Da mesma forma, a água acessível “está frequentemente contaminada com matéria fecal”, o que causa “sérios problemas de saúde, especialmente em crianças”. “A falta de água potável causou 1,7 milhões de casos de doenças infecciosas, principalmente diarreia, disenteria e hepatite A”, acrescentou.
O relator salientou que a população de Gaza - 1,7 milhões de pessoas deslocadas - "foi obrigada a bombear três vezes mais água do que o aquífero recebe através da sua reposição natural, que durante o bloqueio, que já dura uma década e meia, causou intensa intrusão marinha e salinização.
Por outro lado, referiu-se à “militarização da água” na Cisjordânia e às políticas de “apartheid territorial”. “Eles não têm acesso ao rio Jordão e não podem construir poços ou infraestruturas hídricas nos seus próprios territórios”, acrescentou.
Da mesma forma, sublinhou que os palestinos nos territórios ocupados têm apenas 70 litros por dia – nas comunidades rurais são perto de 20 – em comparação com a população israelita, que tem “quatro vezes mais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário