Na investigação são utilizadas duas hipóteses: pode ser consequência de uma situação interna da poderosa Sociedade Rural ou de alguma possível vingança ou advertência de um funcionário demitido.
Por outro lado, o partido no poder não proporcionou quórum para um debate fundamental no Congresso sobre o financiamento das universidades e da educação em geral, o que até esteve na origem de uma marcha de um dos sindicatos naquele dia. Os deputados governistas e “dialoguistas” não chegaram para impedir a realização de uma marcha massiva, que desarmaria o discurso do governante La Libertad Avanza (LLA) no momento mais crítico, em todos os aspectos, que o país vive e que Milei descreve como “o grande milagre argentino” diante dos visitantes.
Entre eles está Santiago Abascal, que decidiu fazer a chamada nesta capital, onde pela primeira vez esteve no poder um presidente de extrema-direita. Também aqui estarão o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e outras figuras importantes da direita de 15 países, que têm como objetivo apoiar “o povo da Venezuela”.
Entre os convidados está o venezuelano Alejandro Peña Esclusa, que presidiu a Fundação UnoAmérica criada pelos militares fascistas da Colômbia, em dezembro de 2008, e seus amigos das passadas ditaduras militares na América Latina, como uma transnacional terrorista para “acabar com os governos membros do Fórum de São Paulo”.
Peña Esclusa foi condecorado pelo ex-presidente golpista hondurenho Roberto Micheletti por colaborar com seus mercenários no golpe contra o ex-governante Manuel Zelaya em 2009.
Primeiro, Santiago Abascal, líder do Vox, deu as boas-vindas aos participantes e depois falou Mile, que também assinará a chamada Carta de Madrid com os acordos para trabalhar contra o que chamam de “o avanço do extremo comunismo”.
Javier Milei disse que eles estão dispostos a fazer qualquer coisa para acabar com “a tragédia que foi esta última era de humilhação argentina”, e criticou e culpou o kirchnerismo, o socialismo, o comunismo, o gayzismo e os líderes esquerdistas de todo o mundo por todos os “males passados e atuais” e “porque a Argentina precisa para ser restaurado.”
Os golpistas de Bolsonaro, que aqui se refugiaram sob a proteção de Milei e que usavam camisetas pedindo a libertação dos “presos e torturados políticos”, como chamam aqueles que tentaram um golpe de Estado no Brasil contra o presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, que causam graves danos ao palácio presidencial, ao Congresso e outros edifícios governamentais.
É claro que Milei criticou duramente a proibição da rede social X de seu “grande amigo” Elon Musk e contra a decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil, que bloqueou aquela rede em todo o país amazônico. “Só um tirano que errou em tudo” pode “endossar tal ato de opressão”, disse o presidente argentino.
Ele acrescentou “que neste momento o Brasil está proibindo o X, que nada mais é do que a arena pública, onde eles poderiam se expressar livremente. Muitas pessoas aqui ficam com água na boca pensando em replicar a proibição.” As suas palavras poderão criar uma situação diplomática semelhante à que aconteceu com o presidente de Espanha Pedro Sánchez e a sua esposa Begoña Gómez, que levou à retirada do seu embaixador de Buenos Aires.
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